A Colômbia está trabalhando em um marco regulatório para desenvolver suas reservas não convencionais de hidrocarbonetos e já declarou formalmente o primeiro óleo de xisto como comercialmente viável, afirmou o vice-ministro de energia do país.

A estatal Ecopetrol, junto com algumas empresas estrangeiras, recebeu cinco blocos em 2012 para explorar e desenvolver reservas de petróleo e gás de xisto.

A concessão dos blocos foi parte do esforço do país de elevar reservas provadas e produção depois que a Colômbia passou a viver um boom econômico quando atraiu investimentos estrangeiros há cerca de uma década.

“As reservas foram descobertas e a viabilidade comercial foi declarada. Estão prontas para o plano de desenvolvimento”, disse Orlando Cabrales em entrevista por telefone, referindo-se a um dos cinco blocos.

Depois de superar 1 milhão de barris por dia (bpd) no ano passado, a produção de petróleo da Colômbia está desacelerando. O quarto maior produtor da América Latina ofereceu uma nova rodada de licenças este ano –cerca de 97 novas áreas que incluem 19 blocos não convencionais, 13 blocos marítimos e nove para desenvolvimento de metano proveniente de jazidas de carvão (CBM, na sigla em inglês) de suas vastas reservas.

A Petrobras, a norte-americana Anadarko, a anglo-holandesa Shell e d britânica BG estão entre as empresas que atuam hoje em campos marítimos no lado caribenho da Colômbia.

O vice-ministro afirmou que a Petrobras vai furar um novo poço este ano em uma área marítima e acrescentou que a companhia, que está atualmente reduzindo seu portfólio de ativos internacionais, vai manter os trabalhos em exploração e distribuição na Colômbia, apesar de não ter mais interesse em investidas em terra.

A Colômbia planeja levantar cerca de 2,6 bilhões de dólares com o leilão de mais de 22 milhões de hectares de áreas para exploração e produção em julho. A atração de mais investimento é importante uma vez que as reservas do país caíram para cerca de 2,38 bilhões de barris.