A cerimônia religiosa da Congregação Cristã aconteceu com o caixão lacrado no Parque Ayrton Senna e o sepultamento foi no Jardim das Palmeiras.

Segundo estimativa do Corpo de Bombeiros, três mil pessoas lotam o velório do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, que morreu aos 32 anos após ser vítima de um roubo de carro, seguido de morte. Amigos, parentes, membros da Igreja Congregação Cristã no Brasil a qual Erlon participava acompanham a cerimônia na tarde desta segunda-feira (7) no Parque Ayrton Senna, em Campo Grande.

O sentimento de comoção é forte e muitos preferiram não falar com a imprensa. Um rapaz que preferiu não se identificar disse que convivia com Erlon na igreja e que todos estão muito ressentidos. “Vocês não verão ninguém da igreja clamando por justiça, porque por mais que ficamos assustados com a crueldade, existe a justiça de Deus”, alegou.

Neste momento muitos estão ajoelhados em oração. No centro da quadra onde acontece a cerimônia está uma foto do empresário e seu caixão. As ruas entorno estão movimentadas e vários carros preenchem o estacionamento.

O enterro está marcado para as 16 horas de hoje no Cemitério Jardim das Palmeiras. Um cortejo será feito para seguir até o local.

Segundo o Corpo de Bombeiros, que acompanha o velório, devido ao forte calor duas pessoas já passaram mal.

Desaparecido por cinco dias

O empresário desapareceu por volta das 16 horas de terça-feira (1º), após sair de casa para se encontrar com um possível comprador do carro que ele havia anunciado no site de vendas online Bom Negócio. Conforme a família, ele teria ido encontrar o suposto comprador próximo da rotatória e da fábrica da Coca-Cola.

A mulher da vítima tentou ligar para o celular do empresário, que estava desligado. O pai, Lino Bernal de 57 anos, então foi à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro registrar um boletim de ocorrência. A Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) investigou o caso e achou o corpo de Erlon em uma fossa no bairro São Jorge da Lagoa.

A princípio, o pai do empresário, acreditava na possibilidade de sequestro. Ele revelou que o filho havia acabado de comprar um carro novo e por isso estaria vendendo o carro usado e que a pessoa que marcou o encontro com Erlon insistiu para ver o veículo.