Cada vez mais campo-grandenses adestram cães para salvar sofás, sapatos e até veículos

Ter um cachorro adestrado em casa pode ter inúmeras vantagens. De evitar que o bicho morda as roupas, sapatos, móveis, carros e etc a não fugir naquela abertura rápida de portão. O cachorro adestrado fica mais tranquilo e perde um pouco aquela ‘ansiedade’ que a maioria dos animais tem. Adestrador há mais de dez anos, […]

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Ter um cachorro adestrado em casa pode ter inúmeras vantagens. De evitar que o bicho morda as roupas, sapatos, móveis, carros e etc a não fugir naquela abertura rápida de portão. O cachorro adestrado fica mais tranquilo e perde um pouco aquela ‘ansiedade’ que a maioria dos animais tem.

Adestrador há mais de dez anos, Alexandre Sales Kawano, de 29 anos, conta que o adestramento acontece de acordo com o que o cliente espera do serviço. “Depende da intencionalidade do treino. O cachorro pode ser adestrado apenas para obedecer comandos, como para ser um farejador, um cão policial e até um cão-guia”, explica.

O tempo e a idade do cachorro para o adestramento também variam, conforme a intenção. Um cachorro doméstico, por exemplo, pode começar a receber os treinos com 4 meses de idade. Período em que o cachorro está na fase de morder tudo, e com o treino pode ser evitado. “Nesta fase o cachorro sente muita dor na gengiva, por isso morde tudo. Se ele não for ensinado pode adquirir o hábito de ficar mordendo tudo, mesmo passando este intervalo”, diz.

Trabalhando em conjunto com Alexandre, Hewerton Barbosa dos Santos, de 25 anos, conta que este é um dos grandes motivos que as pessoas procuram o serviço. “Tenho vários clientes que já tiveram inúmeros prejuízos, de sofá estragado a carro. Depois que os cachorros foram treinados pararam de morder o que veem pela frente”, diz.

A costureira Cleonice da Silva, de 52 anos, estava cansada de a cadela Jhully morder tudo que encontrava adiante e de pular em cima dos clientes. Outro receio, era o de atropelamento, já que seu ateliê fica em uma rua movimentada e a cadela já havia fugido outras vezes.

“O comportamento dela mudou muito. Ela está obediente. Era muito fujona. Tinha medo que fugisse e fosse atropelada, ou que alguém a roubasse. Já tive um cachorro roubado e tinha muito receio de perdê-la”, conta Cleonice.

Outro fator que ela faz questão de frisar, é que Jhully não pula mais nos clientes e se comporta como uma ‘dama’.

Quem também procurou os serviços de adestramento para acalmar a cadela foi a professora aposentada Maria Natália Pereira Nogueira, de 81 anos. Natália conta que Dara, que faz aniversário um dia antes dela, no dia 25 de dezembro, era muito danada. Não que tenha deixado de ser. Mas com o adestramento ela obedece aos comandos, o que não acontecia antes.

“Estou muito satisfeita com a Dara. Ela realmente obedece. Continua muito agitada, ainda apronta muito. Mas agora obedece. Quando a gente fala e ela escuta. É igual criança, abaixa a cabeça e fica quietinha”, diz.

Treinamento

O treinamento dos cães consiste em técnicas de reforço positivo-negativo. Alexandre explica que é corrigir o cachorro exatamente na hora em que ele fez algo errado e reforçar a palavra não, ou usar algum objeto, som que ela vá associar ao fato de não poder fazer aquilo.

Ele explica que fazendo isso repetitivamente, o cachorro acaba por entender que não pode fazer aquela ação. Depois é só a pessoa fazer o comando e o animal já entende que é proibido.

A técnica de recompensa também é utilizada por ele. Toda vez que o cachorro acerta e faz algo correto ganha um carinho. Ele diz que muitos adestradores optam por biscoitos, ou alguma guloseima, mas ele prefere o carinho e o respeito que a linguagem que todos devem procurar entender.

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