BC sobe para 16,8% previsão de reajuste da energia elétrica neste ano
O Banco Central subiu de 14% para 16,8% sua estimativa de reajuste dos preços da energia elétrica neste ano, informação que consta na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) – que manteve os juros estáveis em 11% ao ano na semana passada pela terceira vez consecutiva –, divulgada nesta quinta-feira (11). […]
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O Banco Central subiu de 14% para 16,8% sua estimativa de reajuste dos preços da energia elétrica neste ano, informação que consta na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) – que manteve os juros estáveis em 11% ao ano na semana passada pela terceira vez consecutiva –, divulgada nesta quinta-feira (11).
O reajuste da energia previsto pelo BC já mais do que o dobro do estimado pela própria instituição no início deste ano. Em janeiro de 2014, o Banco Central previa que o aumento da eletricidade seria de 7,5%, valor que foi mantido em fevereiro. Em abril, já estimava uma alta de 9,5% e, em maio, passou para 11,5%, avançando para 14% em julho.
Falta de chuvas
O setor energético passa por uma situação mais complicada neste ano por conta da falta de chuvas. Em situações normais, quase toda a energia consumida no Brasil vem de hidrelétricas. No início desde ano, porém, os reservatórios das principais usinas do país baixaram muito devido à falta de chuvas e, para poupar água, todas as termelétricas disponíveis estão sendo usadas.
Porém, como as térmicas funcionam por meio da queima de combustíveis (óleo, gás, biomassa), a energia gerada por elas costuma ser mais cara e isso impacta a conta de luz. A queda no nível dos reservatórios também levou a patamar recorde o preço da energia no mercado à vista, para onde recorrem as distribuidoras que não têm sob contrato, a preços fixos, toda a energia que precisam para atender aos seus consumidores.
Pela regra, tanto o custo extra com as térmicas quanto com a compra de energia no mercado à vista deveriam ser pagos pelas distribuidoras nesse primeiro momento. Depois, elas seriam compensadas por meio de reajustes que acontecem todos os anos. Mas alegaram não ter recursos suficientes, e o governo lançou um plano de socorro.
Ele se comprometeu a colocar R$ 13 bilhões no setor elétrico neste ano com recursos orçamentários, e já admite que o total de empréstimos bancários às empresas pode chegar a R$ 17,8 bilhões. Este valor para socorrer as distribuidoras será repassado às contas de luz de todos os brasileiros a partir de 2015.
Telefonia
O Banco Central também informou na ata do Copom que suas estimativas contemplam redução de 6,3% nas tarifas de telefonia neste ano. Em julho, a instituição previa que a telefonia teria uma queda menor em 2014: 3,8%.
Preços administrados
Na ata do Copom divulgada nesta quinta-feira, o Banco Central também manteve em 5% sua previsão de reajuste dos preços administrados neste ano. Para 2015, a estimativa de alta dos administrados foi mantida em 6%. Para 2016, a expectativa da autoridade monetária para estes preços subiu de 4,8% para 4,9%.
Os preços administrados, que geralmente sobem todos os anos, são: ônibus interestaduais, energia elétrica residencial, água, planos de saúde, serviços farmacêuticos, telefone fixo, telefone celular, telefone público e pedágio. Aqueles que não têm reajuste pré-determinado anualmente, mas que sobem de vez em quando, são: gasolina, álcool combustível, gás de bujão, óleo diesel, ônibus urbano, metrô, trem e correios.
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