A Apple pode divulgar nesta segunda-feira números trimestrais que podem marcar sua mais bem-sucedida temporada de vendas de fim de ano, batendo recordes de vendas de iPhones e iPads, segundo expectativas de analistas.

Porém, a empresa continuará a despertar desconfiança dos investidores sobre as vendas na China, seu segundo maior mercado e peso para receita e margens nos últimos trimestres. A fabricante do iPhone vem perdendo espaço para a Samsung Electronics e outros rivais no país, mas já fechou acordo para vender iPhones por meio da China Mobile, o que pode dar frutos este ano.

A Apple, que surpreendeu as expectativas mais otimistas de Wall Street com frequência anteriormente, precisa de um trimestre excelente para impulsionar o valor de sua ação, que acumula queda  de 3 por cento neste ano.

No longo prazo, investidores querem ver quais novos aparelhos a Apple consegue tirar do chapéu, uma questão central sobre a qual o presidente-executivo, Tim Cook, tem sido cauteloso. A especulação gira em torno de um SmartWatch, um iPhone com tela maior – uma homenagem ao enorme sucesso “phablets” da Samsung – e um produto de TV.

Analistas de Wall Street esperam que a Apple anuncie vendas de  55 milhões de iPhones e de 26 milhões de iPads, ante 48 milhões e 23 milhões, respectivamente, no mesmo trimestre do ano anterior.

Da estimativa para o iPhone, analistas esperam que boa parte das vendas correspondam ao modelo 5S. O modelo 5C deve ter procura menos intensa uma vez que ainda não conseguiu atrair consumidores com restrição de orçamento, o alvo do aparelho.

A Apple tem sido cercada por rivais asiáticos nos últimos meses. A companhia encerrou o terceiro trimestre como segunda maior fabricante de celulares inteligentes, com participação de 12,1 por cento abaixo dos 14,3 por cento de um ano antes. A sul-coreana Samsung tem 32 por cento. Lenovo, LG Electronics e Huawei conseguiram ganhos e ficaram com fatias de  5 por cento, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado Gartner.

A situação é drasticamente diferente na China. A Samsung tinha 21 por cento de participação no terceiro trimestre e a Apple estava na quinta posição, com 6 por cento, segundo a empresa de pesquisa Canalys.