A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou nesta terça-feira um reajuste médio de 35,05 por cento a ser aplicado a partir desta terça nas tarifas da distribuidora paranaense Copel.

Para os clientes de alta tensão, como as indústrias, o reajuste médio ficou em 37,35 por cento, enquanto para a baixa tensão (residências) o aumento médio ficou em 33,49 por cento.

Segundo o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a principal explicação para o aumento das tarifas é a elevação do custo da energia comprada pela Copel.

“A Copel tinha um volume grande de energia velha no seu mix, com preços mais baratos, e tanto no leilão no fim do ano passado como no leilão de abril, essa energia que foi contratada em substituição da energia existente foi a valores acima daqueles que vinham sendo considerados nos processos tarifários”, disse.

No mix dos diferentes contratos, a energia comprada pela Copel (para ser revendida aos consumidores) subiu 35 por cento.

O índice de reajuste tarifário da Copel, excluindo-se os efeitos dos componentes financeiros do ano passado, ficou, em média, em 30,78 por cento, inferior ao pedido feito pela empresa de um reajuste (sem esses efeitos financeiros) de 32,45 por cento.

O reajuste da Copel acabou também pesando nas tarifas da Companhia Campolarguense de energia (Cocel), distribuidora que abastece o município de Campo Largo, no Paraná. A Aneel autorizou reajuste médio de 42,02 por cento para a Cocel, que compra sua energia da Copel.