Advogado do caso Lusa livra Criciúma e vê falha em sistema

O futebol brasileiro ficou envolvido com o “Caso Lusa” entre o fim do ano passado e o começo do campeonato nacional deste ano. O advogado Osvaldo Sestário, que defendeu o clube paulista na ocasião, se envolveu em outra situação parecida com o Criciúma – desta vez com vitória. Em entrevista ao programa Redação SporTv, ele […]

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O futebol brasileiro ficou envolvido com o “Caso Lusa” entre o fim do ano passado e o começo do campeonato nacional deste ano. O advogado Osvaldo Sestário, que defendeu o clube paulista na ocasião, se envolveu em outra situação parecida com o Criciúma – desta vez com vitória. Em entrevista ao programa Redação SporTv, ele criticou o sistema do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Nesta quinta, o time catarinense foi absolvido por maioria dos votos no Pleno do STJD pela presença do atacante Cristiano na partida contra o Goiás, ainda pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O clube havia sido acusado de escalar irregularmente o atleta, que no ano passado recebeu suspensão de cinco jogos por uma agressão na Copa do Brasil, quando defendia o Naviraiense, do Mato Grosso do Sul, e com isso perdeu três pontos no Campeonato.

O caso se assemelha ao da Portuguesa, que pela escalação irregular do meia Héverton, na partida contra o Vasco da Gama, perdeu quatro pontos e acabou rebaixada. Em ambas as situações, as punições não apareciam no sistema de consulta eletrônica do STJD.

“Até hoje, se o Criciúma entrar para consultar a situação do Cristiano, a punição não aparece”, comentou Sestário. Em sua opinião, o sistema é bastante falho, e a burocracia aumenta ainda mais a possibilidade de erros.

“O clube precisa fazer um requerimento de consulta ao STJD, que repassa ao Departamento de Competições da CBF, e então dá a resposta, não diretamente ao clube. No caso do Criciúma, a questão não chegou a CBF, e na consulta ao eletrônica a punição não aparecia”, explicou.

O advogado ainda relatou que a grande diferença entre os casos da Portuguesa (e também do Flamengo, com André Santos) e do Criciúma é que o jogador em questão, Cristiano, foi punido por outro clube.

“Antes de chegar ao Criciúma ele passou por cinco clubes. Existe uma regra que as federações devem publicar as penalidades em transferências, e antes de vir ao Criciúma o Cristiano defendeu o Maringá, pelo Campeonato Paranaense, e não houve informação da federação paranaense, algo que com certeza a federação catarinense pediu”.

Para ele, esta situação específica de falta de informação contou para que o clube carioca fosse absolvido da punição. Quanto ao sistema, ele ressaltou que o controle eletrônico da CBF vem apresentando muitos problemas, e que uma comissão foi formada tentar mudanças e melhorias no processo.

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