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Viúva mostra letra de música escrita por Champignon dias antes de morte

Dez dias antes de morrer, o músico Luiz Carlos Leão Duarte Júnior, o Champignon, o ex-baixista do Charlie Brown Júnior, escreveu uma música em um caderno. A letra inédita foi mostrada pela viúva do músico, a cantora Cláudia Campos, de 32 anos, em entrevista exibida no Fantástico neste domingo(15). A letra, segundo Cláudia, é quase […]
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Dez dias antes de morrer, o músico Luiz Carlos Leão Duarte Júnior, o Champignon, o ex-baixista do Charlie Brown Júnior, escreveu uma música em um caderno. A letra inédita foi mostrada pela viúva do músico, a cantora Cláudia Campos, de 32 anos, em entrevista exibida no Fantástico neste domingo(15).

A letra, segundo Cláudia, é quase um desabafo de Champignon. “Na falta da compreensão, não vamos nos julgar. Nossas vidas, tão prováveis, tão palpáveis, vulneráveis. Tem que ser tão sábio para equilibrar toda essa história”, diz o texto deixado pelo músico.

Champignon era o vocalista da banda “A Banca”, criada por integrantes do Charlie Brown Júnior, após a morte de Chorão em março deste ano. Na entrevista ao Fantástico, Cláudia diz que Champignon era alvo das críticas pesadas e não estava suportando a situação.

“Gente crucificando ele, dizendo que ele queria pegar o lugar do Chorão. E ele não conseguia assimilar aquilo porque, na verdade, o desejo dele era estar no baixo, quebrando tudo, tocando muito. Ele estava começando de novo. Ele precisava de aprovação, ele precisava de respeito e ele não teve isso”, diz Cláudia.

O corpo do artista foi encontrado na madrugada desta segunda-feira (9), com um tiro no rosto, em um quarto do apartamento em que morava, no Morumbi, Zona Sul de . A polícia acredita que o músico tenha sofrido um “surto depressivo” que o levou a cometer suicídio.

Na noite de domingo (8), Champignon, Cláudia e um casal de amigos jantaram num restaurante. O músico tomou saquê, e ele e a esposa discutiram.

“Eu pedi: ‘amor, não bebe mais. Vamos embora’. E foi onde ele ficou um pouco nervoso comigo porque eu pedi para o bem dele. Ele estava cantando no carro, estava tranquilo. Aí ele chegou em casa, subiu o elevador, foi direto para o quarto. Falei: ‘amor, o que você vai fazer? O que foi?’. Ele falou: ‘tu vai ver o que eu vou fazer’. Ele não deixava eu entrar no quarto. Falei: ‘abre a porta. Você vai embora?’. Pensei que ele ia, sei lá, pegar alguma mala, arrumar alguma coisa, ir embora”, diz a viúva em entrevista.

Trajetória

Champignon tinha 35 anos e nasceu em Santos, litoral paulista. O músico lançou vários discos com a banda Charlie Brown Jr, que deixou em 2005, após brigas com o vocalista Alexandre Magno Abrão, o Chorão.

Nessa época, participou de outros projetos, como o grupo Nove Mil Anjos, que tinha Junior Lima (irmão de Sandy) na bateria.

Em 2011, Champignon retornou ao Charlie Brown Jr. fazendo com que a banda voltasse a contar com a presença dos quatro integrantes da formação original de 1992: Marcão, Champignon, Chorão e Thiago Castanho, além do baterista Bruno Graveto, que passou a integrar o grupo em 2008.Após a morte de Chorão, em 6 de março deste ano, os membros do Charlie Brown lançaram a banda ‘A Banca’, que tinha Champignon como vocalista.

A próxima apresentação do grupo seria no dia 21 de setembro em Recife, Pernambuco, com a turnê “Chorão Eterno”, show que homenageava além de Chorão, toda a trajetória da banda Charlie Brown Jr.

Duas perdas no mesmo ano

Em 2013, Champignon perdeu dois companheiros de banda entre março e maio: o parceiro Chorão e o guitarrista Peu Sousa, ex-colega de Nove Mil Anjos, encontrado morto em maio em sua casa, no bairro de Itapuã, em Salvador.

Chorão morreu por overdose de cocaína, enquanto a morte de Peu foi provocada por suicídio, segundo informou na época a Polícia Civil da Bahia.

Ao G1, Champignon falou sobre as mortes no dia 6 de maio. “Os dois perderam a fé. Quando perdem a fé, perdem a vontade de viver. Foi mais um dia muito triste”, disse o baixista. “Eu acho que as pessoas, em algum momento da vida, perdem a fé. Independentemente se morrem por droga, ou enforcadas. Se perdem a vida sem culpa de ninguém, acredito que em algum momento perderam a fé”, acrescentou.

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