‘Troca imediata’ de produto defeituoso continua no papel

A pressão da indústria e do comércio aliada à preocupação do governo com a inflação deixaram em banho-maria a lista de produtos essenciais. Esses itens poderiam ser trocados imediatamente se apresentassem defeitos, em vez da espera de 30 dias permitida atualmente. Em março, a presidente Dilma Rousseff disse que, em um mês, a relação estaria […]

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A pressão da indústria e do comércio aliada à preocupação do governo com a inflação deixaram em banho-maria a lista de produtos essenciais. Esses itens poderiam ser trocados imediatamente se apresentassem defeitos, em vez da espera de 30 dias permitida atualmente. Em março, a presidente Dilma Rousseff disse que, em um mês, a relação estaria pronta e seria divulgada.

Depois de mais de quatro meses do anúncio do Plano Nacional de Consumo e Cidadania, ainda não está fechada, mas o jornal a reportagem apurou que a lista conta hoje com apenas seis itens: televisor, geladeira, fogão, celular, computador e medicamentos.

Representantes da indústria e do comércio tiveram embates nas reuniões para definir o setor que arcaria com os custos para que a medida entrasse em vigor. Alguns encontros, inclusive, ocorreram separados. O varejo repassou a responsabilidade à indústria, que por sua vez, avisou ao governo que o aumento dos estoques para casos de devolução seria transferido ao consumidor tendo impacto na inflação. A advertência preocupou a equipe econômica.

Para que o pacote saia do papel, o governo está disposto a ceder quanto ao prazo para que os itens sejam substituídos. No discurso de anúncio das bondades aos consumidores, Dilma pediu que a lista abrangesse produtos que deveriam ter problemas solucionados “na hora” em que fossem notificados os defeitos. Agora, os prazos devem variar de acordo com a proximidade de grandes centros urbanos. De aproximadamente um mês, a espera para ter os produtos defeituosos trocados poderá variar de sete a dez dias. “O maior problema está nas cidades mais remotas, pois as lojas teriam de ter estoque grande para uma demanda fraca”, disse uma fonte do governo que acompanha as negociações.

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