Uma forte chuva no início da tarde desse domingo (3), mobilizou a equipe de funcionários da secretaria de obras e serviços urbanos da prefeitura de Batayporã que contou com apoio do Corpo de Bombeiros, que permaneceram de plantão com um veículo e também a Samu, para qualquer eventualidade e ocorrência que viesse a acontecer durante a torrencial chuva que caiu.

Segundo moradores, a chuva que caiu durante a tarde se intensificou por volta das 13h. A água subiu rápida e ultrapassou a altura do canteiro central da Avenida Antônio Spinosa Mustafá, surpreendendo muitos motoristas e deixando o trânsito parado. Mas felizmente ninguém precisou ser resgatado pela equipe da prefeitura nem pelo Corpo de Bombeiros.

Ainda conforme relato de pessoas mais antigas, o crescimento de Batayporã levou a abertura e pavimentação asfáltica em várias ruas, o que acelera a vazão de água para a “Lagoa do Sapo”, na região central da cidade, que se enche com mais rapidez e acaba por fazer com que algumas residências próximas a lagoa, fique inundadas e cause transtornos.

As enchentes são na sua maioria calamidades naturais, que ocorrem quando um leito natural recebe um volume de água superior ao que pode comportar, resultando em transbordamentos e isso pode ocorrer em lagos como a “Lagoa do Sapo”. As enchentes na maioria das vezes ocorrem como consequência de ações humana não planejada no passado, e quando ocorre provoca o abandono dos lares inundados, a perda de materiais, objetos e móveis. Outro fator preocupante é a contaminação da água por agentes patológicos que provocam doenças. As áreas urbanas são mais propícias às enchentes porque o solo dessas regiões, são impedidos pelos asfaltos de absorver a água e também pela falta de vegetação ou pouca vegetação que contribui com a sucção da água.

No caso especifico da “Lagoa do Sapo” em Batayporã, o problema já se arrasta por mais de 20 anos, em 2007, ocorreu uma das maiores enchentes já vista em Batayporã, onde 14 quarteirões foram inundados e mais de 200 famílias foram desalojadas. Já em 2008 e 2010 a cena se repetiu, mas nada foi feito para que esse problema fosse resolvido. Resta agora a esperança, de que a atual administração busque parcerias sérias, e resolva de vez um problema herdado, que afeta a toda a população da cidade.

O secretário de obras, Ney Olegário, esteve durante todo o tempo nas proximidades do local alagado, e disse que esse problema é antigo, “só através de apoio do governo federal iremos resolver esse caos, um problema antigo que cabe a atual administração buscar apoio junto aos nossos parlamentares da bancada federal para resolver. O Beto esta empenhado em conseguir recursos financeiros para resolver tudo isso, sabemos que será necessários recursos na ordem de R$5 a 8 milhões para sanar de vez esse problema, muitos políticos já vieram aqui e prometeram ajudar, mas até agora nada saiu do papel” disse o secretário.

“Estamos confiantes que agora alguém vai resolver nosso problema, moro aqui em volta da lagoahá mais de 10 anos e nunca tivemos a presença de um secretário e nem do prefeito, e hoje pude ver aqui tanto a presença do secretário de obras, sua equipe, e o prefeito a todo momento acompanhando de perto os trabalhos, isso é inédito, só de ver a presença dessas pessoas aqui já podemos ver que eles querem nos ajudar a resolver nosso problemas”, disse Elaine moradora das proximidades.

Uma cobertura de uma estabelecimento comercial no centro de Batayporã, caiu por inteiro no chão, por sorte na hora do ocorrido, ninguém estava por perto ou debaixo da cobertura.