Depois de sofrer ataques de Caetano Veloso no fim de semana, o cantor Roberto Carlos decidiu antecipar o que já era dado como certo : o fim da Associação Procure Saber nos moldes atuais.

Seu empresário, Dody Sirena, enviou na noite desta terça-feira um comunicado para o grupo dizendo: “A partir de agora, fiquem à vontade com o andamento do Procure Saber sem a presença direta do Roberto”.

A equipe do cantor já estava insatisfeita com a forma como Paula Lavigne, que preside a entidade, conduziu a questão das biografias, considerada “truculenta” na definição de um integrante do grupo.

Na semana passada, o rei chamou os principais integrantes do grupo em seu estúdio, na Urca, e promoveu uma espécie de “intervenção branca” na Procure Saber. Ficou decidido que Lavigne não falaria mais sobre biografias em nome da entidade. Um comitê, formado por advogados de Roberto Carlos, tocaria a questão.

Caetano, no dia, não se opôs. No fim de semana, por meio de um artigo no jornal “O Globo”, no entanto, desautorizou os profissionais publicamente. Afirmou que ele, Chico Buarque e Gilberto Gil tinham sido intensamente criticados pela imprensa por sua postura em relação às biografias, e que Roberto Carlos só surgiu depois, como “rei”.

Em determinado trecho do texto que redigiu, Dody diz que “Roberto conversou muito comigo em função dos últimos acontecimentos”.

E conclui: “Não é bem assim o nosso jeito de trabalhar, somos mais discretos, afinal defendemos também a privacidade no sentido profissional”.