Reinaldo diz que afinidade com PT cresceu e projeta Delcídio com dois palanques presidenciais

Cotado pelo PSDB para concorrer à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou, nesta segunda-feira (20), que a afinidade com o PT, do senador Delcídio do Amaral (PT), vem crescendo e indicou preferência em concorrer ao Senado em “dobradinha” com o petista. Neste caso, o senador teria dois palanques presidenciais em Mato Grosso do Sul.

Questionado sobre o fato de os partidos terem projetos opostos em nível nacional, o tucano não vê incoerência e projeta união com dois palanques presidenciais a Delcídio.

“O partido está animado com a candidatura do Aécio (Neves) e o palanque no Estado a gente vai ter de qualquer jeito, isso já estava definido, mesmo se tiver uma aliança com o PT. Neste caso, um dos pontos é que o PT dê palanque para a Dilma e o PSDB para o Aécio”, disse. A possibilidade garante a Delcídio apoio dos dois principais pré-candidatos a presidente.  

Reinaldo, inclusive, destacou que a aliança de PT e PSDB garante a Mato Grosso do Sul parceria de qualquer forma com o futuro Governo Federal. “No fim não tem perdedor nisso daí”, ressaltou.

Sobre a possibilidade de a parceria confundir a cabeça do eleitor, o tucano ponderou que, no final das contas, a disputa se focará em nível estadual. “Acho que não tem incoerência, a questão nacional está muito distante da eleição local. O mais importante é ter afinidade local, é isso que vale na campanha”, comentou.

Em relação ao PMDB, Reinaldo informou que as negociações não avançaram e afastou proximidade por conta da participação do governador André Puccinelli na convenção estadual do partido. “Não teve, da minha parte (aproximação). Acho o partido muito mais próximo do PT do que do PMDB”, afirmou.

Pensando MS

Apesar de sinalizar preferência na candidatura ao Senado em “dobradinha” com Delcídio, Reinaldo quer se dedicar ao projeto “Pensando Mato Grosso do Sul” para fazer um raio X do Estado e preparar um plano de governo com a cara da população.

“Estamos nos preparando para começar(os encontros) em junho e estamos definindo a primeira região e temos a questão da pesquisa para ter uma amostragem mínima e garantir o fundamento científico. Estamos fechando o questionário e acho que em junho a gente dá o start”, informou.