A onda de protestos que há duas semanas se estendeu por todo o Brasil continuou nesta terça-feira com manifestações, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde estradas foram bloqueadas e centenas voltaram a sair às ruas.

O dia começou com mobilizações nos bairros periféricos de Capão Redondo, Campo Limpo e Guaianazes, na capital paulista, nos quais as pessoas se concentraram pacificamente em estações de trem para protestar contra a qualidade dos serviços públicos.

O movimento também pediu uma revisão nos preços dos aluguéis e mais soluções de habitação por parte do governo.

Pouco depois das manifestações, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou uma redução na tarifa dos ônibus intermunicipais da área metropolitana.

Na parte da tarde, outro grupo de cerca de 500 pessoas, segundo as autoridades, se concentrou no centro da cidade de São José dos Campos, a 100 quilômetros de São Paulo, e marchou até a Via Dutra.

A estrada tinha bloqueios parciais e registrou um grande congestionamento de veículos.

Em Minas Gerais, sem as depredações e atos de vandalismo dos últimos dias, manifestantes bloquearam uma das vias próximas a Belo Horizonte.

Enquanto isso, na frente da casa do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, alguns manifestantes completaram quatro dias acampados e um grupo de moradores da Rocinha se uniu a eles hoje, enquanto em Niterói pouco mais mil pessoas se concentraram no centro da cidade.

Através das redes sociais, um grupo de estudantes chamado “Juntos” e vinculado a movimentos políticos de esquerda convocou concentrações em Florianópolis, São Paulo e Brasília.