Trabalho é para que hospital não pare e nem acumule dívidas, após o escândalo de desvio de verbas. A classe política também será chamada para auxiliar a entidade

Depois das denúncias no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, que afastaram a diretoria da instituição, o objetivo do trabalho da promotoria do MPE (Ministério Público Estadual) e do Conselho Curador é restaurar a credibilidade e, consequentemente, as doações para o hospital.

O trabalho é para que o hospital não pare e nem acumule dívidas, após o escândalo de desvio de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde). A classe política também será chamada para auxiliar a entidade.

“Vamos recuperar resgatar o hospital. Dois senadores toparam sentar com o Conselho Curador na semana que vem, disponibilizando eventuais doações, emendas, mas quanto mais gente ajudar melhor, o hospital pode crescer”, defendeu a promotora do MPE Paula Volpe.

A promotora usa como o exemplo o Hospital do Câncer de Barretos, referência no País. “O Hospital do Câncer de lá é a referencia. Lá eles oferecem gratuitamente mais de 8 mil refeições por dia, atendem 3 mil pessoas por dia, tem uma casa acolhedora pras mães e crianças que estão em quimioterapia”, afirmou Volpe, lembrando que 20% da demanda de Barretos é maior que a do Centro-Oeste inteiro.

Para a promotora, a partir do momento que o Hospital do Câncer de Campo Grande se torne uma referência, a população e o empresariado se sente mais seguro à ajudar e colaborar.

“O Conselho novo do hospital me parece sério, vem sempre na promotoria, estiveram no Hospital do Câncer de Barretos, com ex-presidente Lula. Com Henrique Prata ( filho do casal de médicos fundadores do hospital) estão trazendo novidades, inovações. Eu me tornei doadora do Hospital do Câncer, a gente precisa resgatar a credibilidade”, frisou Paula Volpe.

A investigação no hospital, segundo a promotoria, ainda continua. O inquérito, por exemplo, já conta com mais de 11 volumes. O Hospital do Câncer de Campo Grande estava sendo notificado desde 2009.