Um produtor rural, de 80 anos procurou a Delegacia de Polícia Civil nesta terça-feira (28) para denunciar atos de invasão e saque em sua propriedade rural, segundo ele, praticado por indígenas, em Coronel Sapucaia.

O fato ocorreu na Chácara Boa Vista, situada na chamada “Estrada das Pontes”, distante cerca de 18 quilômetros da cidade, em Coronel Sapucaia e próximo a divisa com a Aldeia Taquapery.

De acordo com o sitiante os criminosos teriam invadido a sede da chácara após arrombarem a porta e furtado diversos objetos, entre eles colchão, sofá e até um carrinho de bebê, além de praticarem atos de vandalismo, destruindo objetos.

O ato criminoso ocorreu no final de semana, mas o caso só foi levado ao conhecimento da polícia nessa terça-feira, quando a vítima procurou a comissão formada para a criação do Sindicato Rural de Coronel Sapucaia e foi encorajada a registrar a ocorrência.

Segundo o produtor rural Robson Flores, que integra a comissão, o chacareiro, que herdou a propriedade dos pais e praticamente se criou dentro do sítio, teme pela sua segurança, já que são frequentes os casos de furtos e as ameaças de invasão da chácara por parte de indígenas.

Segundo o proprietário da chácara, por conta dos frequentes furtos e das ameaças, por parte de indígenas, ele não consegue contratar caseiro para tomar conta da propriedade rural.

Polícia Civil se negou a fazer o local

Apesar do arrombamento do imóvel, dos atos de vandalismo e do furto praticado, a Polícia Civil de Coronel Sapucaia se negou a ir até a propriedade para realizar os levantamentos, como é de praxe em casos dessa natureza.

Acontece que a Delegacia de Coronel Sapucaia, apesar de ser um município de fronteira seca com o Paraguai e na visão que qualquer estrategista em segurança deveria ter estrutura e efetivo reforçado, está praticamente abandonada pelo Governo do Estado e pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul.

Há meses a “polícia judiciária” local, como também é conhecida a Polícia Civil, não conta com delegado titular.

Os únicos dois policiais lotados na unidade, um homem e uma mulher, que juntos são responsáveis por atender uma população de 14 mil habitantes, não podem deixar a Delegacia para realizar locais de crimes tendo em vista o risco de o prédio público ser invadido e ter os pertences, entre eles, computadores, armas e coletes a prova de balas, furtados.