A popularidade da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), caiu 27 pontos em três semanas, segundo pesquisas do Datafolha. As manifestações pelo País fizeram a popularidade de Dilma despencar de 57% para 30%, em uma queda que não era vista desde o plano econômico de Fernando Collor de Mello, em 1990, quando depois de confiscar a poupança dos brasileiros, a popularidade de Collor caiu 35 pontos, passando de 71% para 36%.

Em uma escala de 0 a 10, é possível dizer que a presidente caiu de uma nota 7,1 para 5,8. O desempenho atual da presidente aproxima-se da pior fase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que após os escândalos do “mensalão”, chegou a 28% de aprovação. Apesar da crise, Dilma ainda está bem a frente do rival, Fernando Henrique Cardoso, que em setembro de 1999, chegou a ter apenas 13% de aprovação.

No mês de março de 2013, em seu melhor momento na aprovação popular, Dilma chegou a 65% de aprovação. Nesta pesquisa, a maioria, 43%, avalia o governo de Dilma como regular e 25% ruim ou péssimo.

Os pesquisadores ainda ouviram a opinião da população sobre o desempenho da presidente frente aos protestos. Entre os entrevistados, 32% acharam a postura ótima ou boa, 38% julgaram como regular e 26% como ruim ou péssima. O Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. (A pesquisa foi divulgada no Jornal Folha São Paulo).

Erro de avaliação

Antes da divulgação do resultado, o Midiamax ouviu, ontem, membros do PT/MS. O ex-governador Zeca, embora tenha dito que a oposição faz politicagem, reconhece que o PT deve refletir o momento. O senador Delcídio Amaral afirmou que as manifestações não abalariam a candidatura da presidente Dilma. O deputado federal Biffi também entende que o PMDB “faz beicinho” e que a presidente já teria resolvido o assunto com as reuniões realizadas e não sofreria nenhum abalo em sua candidatura.