PF indicia consultor e ex-diretor da CPTM por envolvimento em esquema

A Polícia Federal indiciou o consultor Arthur Teixeira por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele é suspeito de receber propina da multinacional Siemens, empresa que admitiu ter participado de cartel que atuou em licitações do sistema de metrô e trens do Estado de São Paulo. O ex-diretor de operações da Companhia Paulista de […]

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A Polícia Federal indiciou o consultor Arthur Teixeira por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele é suspeito de receber propina da multinacional Siemens, empresa que admitiu ter participado de cartel que atuou em licitações do sistema de metrô e trens do Estado de São Paulo.

O ex-diretor de operações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) João Roberto Zaniboni, também foi indiciado pelos mesmo crimes. As irregularidades ocorreram durante os governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra – entre 1998 e 2008.

Ex-executivo da Siemens, Ronaldo Cavalieri, que trabalhou na empresa entre 1978 e 2008, disse à PF ter autorizado pagamentos às consultorias Procint e Constech, ligadas a Teixeira e seu irmão Sérgio Teixeira, morto em 2011.

Os indiciados negam irregularidades. Luiz Fernando Pacheco, defensor de Zaniboni, disse que seu cliente “reitera que nunca incentivou ou participou de cartel e jamais foi corrompido”.

Após o bloqueio dos bens, o advogado de Teixeira, Eduardo Carnelós, disse que o consultor é um “profissional seríssimo”, que nunca recebeu ou pagou propina. A Siemens afirma que sempre colaborou com as investigações e ressalta que foi a própria empresa que denunciou o cartel.

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