Para mulheres de Batayporã, força física não impede trabalho pesado

Lutar pelos sonhos e não ter vergonha de trabalhar no que gosta. É assim que a moradora de Batayporã, Juliana Dias Paião de Souza, de 28 anos, define, no Dia Internacional da Mulher, sua forma de pensar e de viver. Deixando a área comercial, onde já atuou como vendedora e operadora de caixa, a jovem […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Lutar pelos sonhos e não ter vergonha de trabalhar no que gosta. É assim que a moradora de Batayporã, Juliana Dias Paião de Souza, de 28 anos, define, no Dia Internacional da Mulher, sua forma de pensar e de viver. Deixando a área comercial, onde já atuou como vendedora e operadora de caixa, a jovem encontrou em meio às maquinas agrícolas sua realização profissional.

Juliana trabalha atualmente como operadora de trator para a empresa Energética Santa Helena, em Nova Andradina. Ela é responsável por rebocar as carretas carregadas com cerca de 20 toneladas de cana-de-açúcar de dentro das lavouras até a área em que os vagões são acoplados aos caminhões que levam a matéria-prima até a indústria.

A rotina da batayporãense é bastante puxada. Ela sai de casa às 5h, pega o primeiro ônibus até Nova Andradina, onde toma o segundo transporte até a empresa. Com uma jornada de oito horas, Juliana inicia suas atividades às 06h20 e só para por volta das 14h50, quando faz o trajeto de volta e chega em casa às 16h30.

Segundo ela, apesar do cansaço físico, a atividade é muito gratificante. “Estou muito satisfeita com meu trabalho. Sempre tive esse sonho e me sinto muito feliz por poder realizá-lo”, explica, ao elogiar a conduta amigável de seus colegas de serviço e dos responsáveis pela empresa.

A jovem atribui a conquista de seu sonho à qualificação profissional. Ela traz em seu currículo um curso com três meses de duração, onde recebeu treinamento especializado para operar tratores, colhedoras e diagnosticar problemas mecânicos nas máquinas. “A qualificação me abriu as portas para um novo mundo. Penso que todas as mulheres devem se preparar muito bem para o mercado de trabalho”, afirma ela.

Orgulhosa pelo que faz, Juliana faz questão de já sair uniformizada de casa ao percorrer as duas quadras de distância até o ponto de ônibus. “Amo meu uniforme e meu crachá. Quando me vêem, as pessoas elogiam bastante. Afirmam que sou uma mulher de garra por enfrentar um serviço considerado pesado. Também tenho total apoio da minha família e amigos e me sinto muito feliz por isso”, revela.

E para quem pensa que a jovem aproveita o resto do dia para descansar, ela afirma que busca ainda mais qualificação profissional. Das 19h às 22h, a moça integra a turma do curso Técnico em Administração, também em Nova Andradina. “As mulheres devem ser incansáveis em se preparar para a vida. Podem subtrair tudo de uma pessoa, mas o conhecimento ninguém é capaz de nos tirar”, finaliza.

Conteúdos relacionados