O líder da oposição, Henrique Capriles , disse neste domingo que o presidente Nicolas Maduro levou a Venezuela à falência em meio a uma troca crescente de denúncias sobre os problemas econômicos da nação membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Desde a morte do líder socialista Hugo Chávez, de câncer em fevereiro, a economia tornou-se, juntamente com o crime, uma das principais preocupações dos venezuelanos. Os preços aumentaram 45% na base anualizada, o mercado negro do dólar vive um auge e artigos básicos como farinha ou papel higiênico muitas vezes são escassos.

Maduro, 50 anos, que se autodenomina “filho” de Chávez, disse que os adversários locais, que segundo ele têm o respaldo dos Estados Unidos e são saudados pela imprensa estrangeira, estão “sabotando” a economia deliberadamente na tentativa de derrubar o seu governo.

Capriles, que perdeu a eleição em abril por uma margem estreita, e recusou-se a reconhecê-lo, disse que a tolerância do presidente à corrupção dentro de sua própria equipe, a sua adesão ao falido modelo socialista e sua incapacidade pessoal são os culpados pelos problemas atuais.

Capriles, que de acordo com um líder da oposição enfrentaria uma prisão iminente, usou palavras duras em uma coluna neste domingo. “Eu alerto, Nicolas, que não vamos deixar o país cair em um barranco por sua incapacidade de governar ou pela corrupção da qual você se tornou cúmplice”, disse ele. E acrescentou: “Você não pode esconder o fato de que levou à falência uma das nações mais ricas da região, e durante uma bonança do petróleo.

Ambos os políticos estão fazendo campanha antes das eleições regionais em 8 de dezembro, que será um teste sobre a posição de Maduro no país e a confiança dos venezuelanos em sua capacidade de resolver os problemas que afetam a economia.

No que promete ser uma semana politicamente carregada, Maduro planeja ir ao Parlamento na terça-feira para buscar poderes extraordinários utilizados por seu antecessor em várias ocasiões.