Operação ‘Teto de Vidro’ da PF apura fraude em licitações de MS: Cirumed está fechada

Operação policial da Polícia Federal, em conjunto com a CGU, está colhendo documentos em seis municípios de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, viaturas da PF estão na frente da Cirumed, que está fechada.

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Operação policial da Polícia Federal, em conjunto com a CGU, está colhendo documentos em seis municípios de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, viaturas da PF estão na frente da Cirumed, que está fechada.

Policiais Federais estão na Cirumed Comércio Ltda em Campo Grande fazendo apreensão de documentos na manhã desta quinta-feira (15). Três viaturas estão no local, que não pode abrir as portas nesta manhã por conta da operação ‘Teto de Vidro’, deflagrada em conjunto com a Controladoria Geral da União para combater crimes de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e corrupção em prefeituras de seis cidades de Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Aquidauana, Corguinho, Rochedo, Miranda e Bonito.

A operação é resultado de duas investigações iniciadas em 2010 e 2012, a partir de fiscalizações realizadas pela CGU. Em, 2010, a empresa Cirumed, de propriedade de Aurélio Costa, questionou uma licitação milionária em Dourados e obteve ganho de causa. A empresa Renova Comércio de Produtos Hospitalares impetrou Mandado de Segurança contra o pregoeiro oficial da Prefeitura que “fora da sessão pública, as vésperas do pregão, resolveu patrocinar o questionamento da Cirumed, alijando sete empresas licitantes, sem propiciar-lhes o exercício da ampla defesa”.

Tudo isso aconteceu porque no dia cinco de agosto daquele ano a empresa licitante Cirumed Comércio Ltda questionou acerca da omissão por parte de alguns licitantes da “procedência” dos produtos ofertados. O valor da licitação era de R$ 33.9218.033,45 em medicamentos.

Segundo informações preliminares da polícia, são 18 mandados de busca e apreensão e cerca de 100 policiais federais envolvidos na operação.

A operação é resultado de duas investigações iniciadas em 2010 e 2012, a partir de fiscalizações realizadas pela CGU. O grupo investigado atuava com montagem de processos licitatórios, sem que houvesse real competição entre as empresas concorrentes.

Os fatos apurados até o momento dizem respeito ao ano de 2012 e a anos anteriores, não havendo constatação de fraudes ou crimes em relação aos atuais Prefeitos dos Municípios investigados. As investigações prosseguirão com a análise dos materiais apreendidos e coleta de depoimentos e interrogatórios.

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