O petista disse que passou todos os gastos ao financeiro da Assembleia, que é quem tem a competência para prestar contas e que, se afirmasse, algum valor ‘poderia mentir’.

O presidente da CPI da Saúde, deputado estadual Amarildo Cruz (PT), disse hoje que não confirma  valor de pagamento porque seria irresponsabilidade da parte dele. O petista disse que passou todos os gastos ao financeiro da Assembleia, que é quem tem a competência para prestar contas e que se afirmasse algum valor poderia mentir, já que não se lembra de todos de cabeça. Contudo, confirmou os R$ 350 mil em despesas.

O Midiamax apurou que Amarildo teria gasto R$ 70 mil com um único assessor, vindo de São Paulo, mas Amarildo diz não confirmar. “Eu não posso ser hipócrita, isso tem um custo, mas eu não falei em momento nenhum e pra ninguém nada sobre valores, até porque eu não tenho esses números. Falei pro presidente e pro financeiro detalhar isso e publicar. Isso é de responsabilidade da Casa”, frisou.

Questionado se quando do contrato, o profissional não teria dito quanto iria cobrar pelo serviço, ele declarou não se lembrar. “Olha se eu falar foi tanto, eu posso mentir porque eu não sei de cabeça um por um. Não tenho de cabeça nem quantos foram contratados. Sei que são entre 10 e 15 pessoas, que trabalharam diuturnamente: durante recesso, dia e noite, final de semana”, afirmou.

O deputado fez questão de dizer que não tem absolutamente nada de desvio ou de gastos indevidos. “Não tem absolutamente nada de desvio de dinheiro, de gastos indevidos. Agora fomos a 11 municípios. Eu não fui sozinho. Foram deputados, assessoria, locamos até uma Van, para caber as pessoas e estrutura que precisávamos levar”, disse.

Sobre o requerimento protocolizado pelo deputado Marquinhos Trad (PMDB) pedindo detalhamento de informações, Amarildo disse que o parlamentar está cumprindo o papel dele e aproveitou para alfinetar o adversário político.

“Ta tudo lá declarado. Tudo absolutamente que foi gasto, foi discutido, falado dentro da comissão. É tanta coisa que tem que fazer. Acho que o Marquinhos tem que fazer o papel dele como parlamentar e até assinaria aquele documento. Agora acho também que ele tem que ajudar a investigar o Gisa, que levou R$ 10 milhões dos cofres públicos”, finalizou