Movimentos leigos prometem lotar eventos da Jornada

O povo dos movimentos leigos da igreja promete invadir o Rio durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Enquanto os tradicionais grupos de jovens formados nas paróquias são esvaziados, a participação de católicos nesses movimentos só cresce. Alguns deles registram a participação de milhares em um único evento, como o “aquecimento” para a JMJ. Feito […]

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O povo dos movimentos leigos da igreja promete invadir o Rio durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Enquanto os tradicionais grupos de jovens formados nas paróquias são esvaziados, a participação de católicos nesses movimentos só cresce. Alguns deles registram a participação de milhares em um único evento, como o “aquecimento” para a JMJ. Feito na comunidade Canção Nova, no interior do Estado, o encontro reuniu mais de 100 mil pessoas entre os dias 3 e 7.

Segundo o missionário Adriano Gonçalves, de 30 anos, cerca de 80 mil jovens da Canção Nova vão ao Rio. “A maioria tem entre 20 e 30 anos e está na expectativa por este encontro com o papa Francisco”, diz.

O movimento, criado em 1978 por 12 jovens liderados por um padre atrai fiéis de todo o Brasil e até estrangeiros. O principal atrativo são os vários canais de comunicação abertos com os fiéis, que facilitam a didática da evangelização.

Boa parte dos participantes compõe a lista de apresentadores da TV ou do rádio. É o caso de Gonçalves, que faz parte da equipe de mil pessoas responsável pela cobertura do evento no Rio. Outros produzem o conteúdo para o site da Canção Nova.

Igualmente conectado, o Movimento dos Focolares usa as mídias sociais tanto para atrair fiéis quanto para levar a palavra de Deus adiante. Formado na Itália, está presente em 182 países e tem como meta desenvolver iniciativas que favoreçam o diálogo e a comunhão entre todas as igrejas cristãs.

No Brasil, o grupo não só vai participar do encontro com o papa como estendê-lo. Após a Jornada, está marcado novo encontro entre 29 de julho e 2 de agosto no Rio e em Volta Redonda, no Rio. O grupo brasileiro dos Focolares reúne 280 mil pessoas, em todos os Estados.

Já Comunhão e Libertação, outro movimento de origem italiana fundado por d. Luigi Giusani, em Milão, deve levar de São Paulo 700 jovens, que ficarão alojados em uma galpão alugado pelo movimento na zona portuária do Rio.

No Rio, representantes de uma série de outros movimentos viverão a expectativa de encontrar Francisco e ajudarão a “encher” o acampamento dos peregrinos em Guaratiba. Nos sites do Opus Dei e dos Arautos do Evangelho, por exemplo, a Jornada é tratada como mais uma oportunidade de celebrar a vida e partilhar experiências.

Unidade

Em busca de unidade, o papa Francisco já sinalizou que não pretende desagradar nem conservadores nem progressistas. O papa Francisco nutria simpatias desde os tempos em que trabalhava na periferia de Buenos Aires. Apesar do tempo curto, grande parte dos movimentos eclesiásticos já foi recebida por ele. A lista inclui lideranças do Opus Dei, dos Focolares e da Renovação Carismática. O maior encontro ocorreu durante a festa de Pentecostes, em maio. O papa quer jovens militantes, de qualquer que seja o movimento da igreja.

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