O Ministério Público do Estado de São Paulo abriu inquérito civil nesta quinta-feira, 18, para investigar denúncias relacionadas à falta de em plantões nas unidades básicas e pré-hospitalares da rede pública de saúde de Sorocaba (SP). A demora no atendimento motivou a interdição de uma avenida por usuários dos serviços, há duas semanas, a depredação de uma unidade de pronto atendimento na segunda-feira, 15, e a invasão dos consultórios médicos da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Oeste por pacientes revoltados, na terça-feira, 16. No mesmo dia, pacientes acionaram a polícia para denunciar omissões no atendimento na Santa Casa, hospital conveniado com a prefeitura.

O promotor da Cidadania e , Jorge Alberto de Oliveira Marum, deu prazo de 30 dias para que a prefeitura apresente documentos relativos ao atendimento nas unidades de saúde. Marum pediu as escalas de plantões, planilhas de presença e horário de atendimento de médicos e enfermeiros. O Ministério Público quer saber o número desses profissionais, horas trabalhadas, total da demanda e número de pacientes atendidos em cada unidade. Ele pretende ouvir os pacientes que reclamaram e os responsáveis pela saúde no município.

Se forem comprovados casos de negligência no atendimento, os responsáveis poderão sofrer ação por administrativa, já que se trata de serviço bancado pelo erário. Somente este ano foram registradas 123 reclamações contra o mau atendimento em serviços municipais de saúde. A prefeitura, que ainda não foi notificada do inquérito, informou que vai contratar em agosto 149 médicos aprovados em concurso público. A expectativa é ampliar o atendimento e reduzir o tempo de espera por consultas nas unidades da rede municipal.