O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, estimou neste domingo em 394 o número de mortes causadas pelos recentes confrontos na República Centro-Africana, onde forças militares francesas intervêm desde a última quinta-feira. O ministro declarou à rede de televisão “France 3” que “a calma voltou a Bangui”, capital do país africano, e insistiu que o papel das tropas francesas que lá atuam “está claro, é devolver a segurança”.

“Se não tivéssemos agido, seriam milhares de mortos”, afirmou o ministro, insistindo que, posteriormente, o objetivo da operação autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas será “preparar a transição política, porque não há autoridade” no país.

Fabius reiterou que o propósito da França é manter suas tropas na República Centro-Africana pelo prazo máximo de seis meses, mas ressaltou que a duração total da missão, que tem a participação de forças africanas, vai durar mais tempo.

“Espero que os franceses não fiquem, não é nossa vocação”, explicou o ministro, que disse não excluir o “risco” de um confronto por motivos religiosos, que “não é a tradição nesse país”. “A oposição civil começou a ser uma oposição religiosa, e esse é o perigo”, afirmou.