O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), afirmou na noite desta segunda-feira, em São Paulo, que o nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG) está consolidado dentro do partido como candidato à presidência da República em 2014 e que o PSDB precisa de “um banho de povo” para concorrer com chances nas eleições presidenciais do ano que vem.

FHC disse que o partido vai marchar junto para as eleições do ano que vem, com força e vigor para “receber o apoio do eleitorado brasileiro”. FHC, Aécio Neves e o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB) participaram nesta noite de um encontro que faz parte do congresso estadual do partido, instalado em 2 de janeiro e que vai até 7 de abril.

“O PSDB precisa de um banho de povo. Nós sabemos governar. O PSDB vai governar muito melhor do que essa gente não sabe governar”, disse ele, se referindo aos 10 anos do governo petista.

“Temos de falar com esse povo sofrido. O ‘Pibinho’ desmoronou tudo em uma época que os outros países crescem alto”, disse ele. “O PSDB precisa estar junto do povo”, reafirmou. O ‘Pibinho’ a que o tucano se referiu foi o do ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ficou abaixo das expectativas, em torno de 1%.

O ex-presidente disse que é preciso tirar o rótulo que foi dado aos tucanos, de que eles governam para os ricos. “Cuida de rico coisa nenhuma. Nós estabilizamos o Brasil. Quem dá dinheiro para banqueiro são eles. Eu sou paulista, sou brasileiro e o Aécio hoje simboliza esse PSDB que é brasileiro”.

Geraldo Alckmin disse ainda que espera ver Aécio como presidente do partido na convenção prevista para ocorrer em maio. “Que você assuma a presidência do PSDB, percorra o Brasil, ouça o povo brasileiro, fale ao povo brasileiro e una o partido. Temos um grande time”, disse Alckmin.

O governador paulista disse que o partido não tem o direito de se negar a apresentar ao Brasil uma alternativa a esse projeto de governo (da petista Dilma Rousseff) que está aí. “Temos uma grande oportunidade, de aquecermos os motores e o Brasil pode ter um governo com muito melhores resultados do que este que está aí”, disse ele.