Farc dizem que capturaram soldado dos EUA

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) disseram neste sábado que capturaram um soldado dos Estados Unidos nas selvas no sul do país. Entretanto, o grupo guerrilheiro afirmou que planeja libertar o militar, em meio ao processo de paz que está sendo negociado há quase um ano com o governo colombiano. Em comunicado, as Farc […]

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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) disseram neste sábado que capturaram um soldado dos Estados Unidos nas selvas no sul do país. Entretanto, o grupo guerrilheiro afirmou que planeja libertar o militar, em meio ao processo de paz que está sendo negociado há quase um ano com o governo colombiano.

Em comunicado, as Farc disseram que estão mantendo como refém o soldado Kevin Scott Sutay, que segundo informações do seu passaporte teria nascido em Nova York. O grupo afirmou que ele é especialista em desarmar minas, teria lutado no Afeganistão em 2010 e 2011 e deixou a Marinha em março deste ano. O soldado teria entrado na Colômbia em junho, vindo do México, e foi capturado no dia 20 de junho.

A captura, segundo as Farc, é mais uma prova de que os militares norte-americanos exercem ilegalmente um papel ativo e direto no conflito colombiano, “normalmente sob a fachada de funcionários terceirizados”. Os rebeldes afirmam que, apesar do “direito” de manter Sutay preso, ele será libertado como uma demonstração de boa vontade. O grupo disse que pediu ajuda do Comitê Internacional de Cruz Vermelha e outras instituições para encontrar uma forma de libertar o soldado de maneira segura.

Sutay teria sido capturado no Estado de Guaviare, não muito longe da base militar de Barrancon. O governo colombiano não confirmou nem negou o rapto do soldado, mas o embaixador dos EUA no país, Michael McKinley, pediu sua libertação imediata. Mesmo assim, ele afirmou que Sutay não é um membro ativo das Forças Armadas norte-americanas e não tem nenhuma relação com a missão dos EUA na Colômbia.

As Farc têm quase 8 mil combatentes armados e se financiam basicamente por meio do tráfico de drogas, extorsão e mineração ilegal de ouro. O grupo tenta há quase 50 anos derrubar o governo e implantar uma administração socialista. Em novembro do ano passado os rebeldes iniciaram conversas com o governo, sediadas em Cuba, para um acordo de paz.

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