Família cria app para ensinar matemática para meninas

Kathryn e David Clarke tiveram a ideia de criar um jogo de matemática quando sua filha estava no ensino fundamental e tendo dificuldades com os números. Décadas mais tarde, eles agora lançaram o game na App Store, a loja de aplicativo da Apple. As informações são do Venture Beat. O jogo para iPad Mission: Math… […]

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Kathryn e David Clarke tiveram a ideia de criar um jogo de matemática quando sua filha estava no ensino fundamental e tendo dificuldades com os números. Décadas mais tarde, eles agora lançaram o game na App Store, a loja de aplicativo da Apple. As informações são do Venture Beat.

O jogo para iPad Mission: Math… Sabotage at the Space Station (Missão: Matemática… Sabotagem na Estação Espacial, em tradução livre) ainda é uma iniciativa da família, que criou a Kata Enterprises – onde David agora trabalha em tempo integral. Custa US$ 7,99 e não oferece recursos extras comprados dentro do app.

As jogadoras – idealmente, garotas de 9 anos ou mais – criam um avatar usando alguma das 24 milhões de combinações, e trabalham em equipe para salvar uma estação espacial. Elas precisam combinar suas habilidades matemáticas e de ciência da computação para consertar o laboratório de ciências. Meninos também podem brincar, mas precisam usar um avatar feminino e operar em um universo virtual cheio de garotas poderosas.

“A médica geral é mulher, a mestre dela é mulher, a chefe da agência secreta é mulher”, descreve David, que gerencia a companhia criada para administrar o jogo. “Temos muita consciência em desenvolver uma narrativa em que as mulheres têm papeis de liderança em funções científicas e organizacionais”, explica.

O foco no público feminino tem duas origens, ambas relacionadas a Emily, a filha de David e Kathryn. Os pais, engenheiros, não queriam que a garota crescesse detestando matemática – e era isso que ia acontecer, uma vez que ela não conseguia tirar notas boas e ficava sempre muito ansiosa antes das provas. A mãe então criou uma série de brincadeiras para a garota aprender e se dar bem.

As técnicas deram tão certo que Emily acabou superando os colegas e foi chamada para uma escola técnica focada em ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Como projeto final, ela resolveu criar um jogo usando as brincadeiras que a mãe lhe aplicara no 5° ano e testou-o em crianças. Foi quando percebeu que não havia nada do gênero voltado para meninas.

Nos anos seguintes, Emily se dedicou a criar uma versão comercial do jogo. Os pais apoiaram com recursos para o desenvolvimento, e o estúdio holandês Engine Software comprou a ideia. Hoje, é a Kata Enterprises que cuida do game. A filha dos Clarke, enquanto isso, termina o doutorado em Psicologia de Desenvolvimento.

O jogo se baseia em conteúdos do 5° ano, e traz atividades de prática de álgebra, aritmética, geometria, frações, noções de espaço, ciência de computação. À medida que o jogador avança em conhecimento, os desafios ficam mais complicados – os pais podem ter que ajudar as meninas no início.

A filha mais nova da família, Susan, é a inspiração para o próximo jogo da série. Sobre a chegada ao iPhone, os Clarke revelam que há a intenção, mas nenhum plano concreto ainda.

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