O nome ele não revela, diz que prefere ser chamado de Palhaço Gaitinha. O ex-garçom que trabalha há quase 11 anos no sinal entregando pirulito e tocando gaita (por isso, Palhaço Gaitinha) conta que é dali que tira o sustento.

O palhaço encara a escolha como profissão e revela que roda o país fazendo graça e entregando pirulito. Ele conta que já ficou um ano e meio em Pernambuco fazendo o que há anos faz no sinal da avenida Ernesto Geisel com a avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Além do estado nordestino, São Paulo, Mato Grosso e o Distrito Federal já foram destinos das brincadeiras de Gaitinha.

Sem dizer quanto ganha, revela que dá para viver. “Não conto não. Nem deputado fala quanto ganha eu é que vou dizer”, diz com irreverência. Mas afirma que é o suficiente para suas necessidades. “Para mim dá, não falta nada”, conta.

Quando pergunto por que deixou de ser garçom, diz que teve um problema de saúde e precisou deixar a profissão e viu na ‘palhaçada’ uma forma de viver. “É melhor fazer palhaçada que carregar pedra. Pelo menos é mais leve”, ri.

Sobre ficar na rua diz que gosta de gente e se diverte. A única coisa ruim, segundo ele, é o sol. “Aqui é tranquilo, nunca tive problema com nada. Só o sol que às vezes está forte demais”, diz.

Ela ainda conta que anima festinhas infantis. “Quando aparece uns bicos de festinhas também faço. Ajuda, né?”, finaliza.