Estudantes estão acampados há 12 dias na Câmara de Dourados e procuradoria acredita em acordo
A Prefeitura Municipal de Dourados, através de sua procuradoria, informou que pretende chegar a um acordo com os manifestantes que estão acampados na Câmara de Vereadores desde a noite do dia 4 deste mês. Segundo informações do Procurador Geral do Município, Alessandro Lemes Fagundes, a prefeitura está mantendo um diálogo com os manifestantes, e pretende […]
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A Prefeitura Municipal de Dourados, através de sua procuradoria, informou que pretende chegar a um acordo com os manifestantes que estão acampados na Câmara de Vereadores desde a noite do dia 4 deste mês.
Segundo informações do Procurador Geral do Município, Alessandro Lemes Fagundes, a prefeitura está mantendo um diálogo com os manifestantes, e pretende entrar em um acordo até a próxima sexta-feira (19), antes que os vereadores retornem do recesso que termina da segunda dia 22.
“Estamos tentando uma negociação com os estudantes e aguardando para uma conversa amigável e assim resolver esse impasse. O prefeito já esboçou que pretende resolver esse caso o mais breve possível” afirmou o procurador.
Já de acordo com o representante do Movimento Popular pelo Passe Livre – MPPL, Tatus Park, até o momento não houve nenhuma conversa com a prefeitura e pediu que a mesma apresentasse um projeto concreto sobre as reivindicações do movimento.
“O procurador chegou a agendar uma mesa de negociação, mas o prefeito não compareceu, assim como não compareceu na audiência pública, queremos que seja apresentado um projeto e que ele esteja presente, é um direito de toda a sociedade douradense” afirmou o manifestante.
Ontem, o procurador informou que o objetivo é realizar um debate entre as partes envolvidas, com a presença da Justiça, o que foi confirmado pelo manifestante.
“De fato está sendo organizado uma reunião com as partes e deverá ter a intervenção da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], para que seja uma conversa justa” disse Park.
Desde que começou o acampamento, duas Audiência Públicas, precisaram ser remarcadas para outros locais e até o momento não houve ‘prejuízos’ ao Legislativo, já que os vereadores estavam em recesso.
Relembre o caso
Estudantes das duas universidades públicas de Dourados decidiram acampar no prédio onde funciona o Legislativo após a realização da Audiência sobre o transporte coletivo no município em dia 4 de julho. Na ocasião, eles alegaram que o não comparecimento do prefeito na discussão seria um dos fatores para a decisão do grupo.
Na manhã do dia 5, a procuradoria-geral da Casa entrou com pedido de reintegração de posse do local, porém, o juiz da 6ª Vara Cível de Dourados, José Domingos Filho, indeferiu o pedido.
Três dias depois, o presidente da Câmara, vereador Idenor Machado (DEM) convocou a imprensa para entrevista e deixou a cargo da administração municipal – proprietária do imóvel -, a responsabilidade de resolver a situação que se prolonga desde o dia 4.
Um ofício, assinado por outros legisladores foi encaminhado ao prefeito Murilo Zauith (PSB). Em entrevista no dia 9, o chefe do Executivo disse que estava aberto ao diálogo.
Na sexta-feira passada os manifestantes alegando falta de uma definição por parte da administração municipal, atearam fogo em pneus em frente à Câmara, deixando a Avenida Marcelino Pires interditada durante alguns minutos.
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