Estresse na meia-idade pode aumentar risco de Alzheimer em mulheres
As mulheres que lidam com uma grande quantidade de estresse no dia a dia durante a meia-idade sofrem um maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer mais tarde na vida, sugere um novo estudo da Gothenburg University, na Suécia. O trabalho foi publicado online dia 30 de setembro no BMJ Open. A equipe analisou […]
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As mulheres que lidam com uma grande quantidade de estresse no dia a dia durante a meia-idade sofrem um maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer mais tarde na vida, sugere um novo estudo da Gothenburg University, na Suécia. O trabalho foi publicado online dia 30 de setembro no BMJ Open.
A equipe analisou dados de 800 mulheres suecas que foram seguidas por quase quatro décadas, começando quando elas estavam com 20 anos em média. As mulheres foram submetidas a exames psiquiátricos periódicos e responderam a perguntas sobre possíveis estressores da vida diária – como divórcio, dificuldades no trabalho e problemas de saúde pessoais ou dos membros da família.
Após 37 anos de acompanhamento, quando a mulheres completaram 57 anos em média, 19% delas desenvolveram demência – na maioria das vezes a doença de Alzheimer. E o risco subiu em conjunto com o número de estressores de vida que as mulheres haviam relatado quatro décadas antes. Para cada estressor, o risco da doença de Alzheimer subiu 17%. A relação persistia mesmo quando ajustados fatores de risco como pressão alta, diabetes e excesso de peso.
Isso não prova que uma vida estressante é a culpada pelo risco aumentado de demência, afirmam os cientistas. No entanto, eles afirmam que é “biologicamente plausível” que o estresse crônico possa contribuir para a demência. Segundo os autores, a questão não respondida é se os esforços para reduzir o estresse em sua vida podem cortar o risco da doença de Alzheimer mais tarde.
Siga seis rastros do Alzheimer antes que ele se revele
O Mal de Alzheimer é uma doença silenciosa, que se revela aos poucos. Mas um estudo, publicado por pesquisadores do San Francisco VA Medical Center, nos Estados Unidos, conseguiu mapear os seis principais fatores de risco para a demência: sedentarismo, uso de álcool, depressão, tabagismo, diabetes, hipertensão na meia idade e obesidade. Em comum, todas essas condições oferecem algum risco à saúde cérebro-vascular.
“Fumo, obesidade, hipertensão e diabetes contribuem para o aumento de lesões no cérebro que levam à perda de cognição”, afirma o psiquiatra Cássio Bottino, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. As lesões, associadas às dificuldades de conexão entre os neurônios (efeito do aumento da proteína beta-amilóide), dão origem à maioria dos diagnósticos de Alzheimer atualmente.
“A demência vascular, ou seja, os problemas que surgem devido ao mau funcionamento do coração já são elementos tão importantes quando o crescimento fora de controle da proteína na descoberta da doença”, afirma o neurologista e geneticista David Schlesinger, do Hospital Albert Einstein. A seguir, especialistas discorrem sobre a relação entre esses fatores e dão dicas para você cuidar melhor da saúde e se proteger contra o Alzheimer.
A geriatra Yolanda Boechat, coordenadora do Centro de Referência em Atenção ao Idoso da UFF-RJ, explica que a síndrome metabólica eleva a incidência de doença vascular cerebral, além de aumentar o estresse oxidativo. A síndrome é a associação de doenças como obesidade, hipertensão arterial, hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue), aumento dos níveis de triglicérides, diminuição dos níveis de colesterol “bom” HDL e aumento dos níveis de ácido úrico no sangue.
Em comum, todos esses males provocam um maior acúmulo de gordura no sangue, dificultando a circulação pelo corpo. Com isso, há um aumento de lesões microcardiopáticas, assim como a atrofia cerebral. O excesso de glicose no sangue, proveniente do diabetes, tem as mesmas consequências. Segundo a especialista, esses fatores, juntos, podem elevar a perda da memória em até 40%.
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