Entidades preparam manifesto para cobrar ações efetivas na saúde pública

Encabeçados pelo Sintss (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social do Mato Grosso do Sul), diversas entidades se reuniram na sede do Sintsprev (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Saúde, Trabalho e Previdência de Mato Grosso do Sul) na tarde desta terça-feira (19) para preparar um manifesto que será entregue a autoridades apontando os diversos problemas pelos […]

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Encabeçados pelo Sintss (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social do Mato Grosso do Sul), diversas entidades se reuniram na sede do Sintsprev (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Saúde, Trabalho e Previdência de Mato Grosso do Sul) na tarde desta terça-feira (19) para preparar um manifesto que será entregue a autoridades apontando os diversos problemas pelos quais passa a saúde pública no estado.

O médico e diretor do Sintss, Ronaldo Costa, revela que a saúde pública há anos passa por um processo de privatização em MS. Ele diz que isso precisa acabar e o serviço voltar a atender quem é de direito – o povo. Para ele, a solução é fazer um projeto de emenda constitucional que não permita que o dinheiro público seja canalizado para o privado.

Segundo o diretor, dos 100% do orçamento destinado à saúde em MS, 72% é para compra de serviços privados. Costa explica que em vez do setor público se estruturar e contratar servidores, por meio de concurso, terceiriza o serviço privilegiando determinados grupos.

Como exemplo citou a Santa Casa, que é uma entidade beneficente e não deveria trabalhar visando lucro. Entretanto, apesar disso, e de estar em um processo de intervenção pública, atende diversos pacientes de planos de saúde em detrimento dos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

Costa revela que somente a Santa Casa recebe R$ 11 milhões por mês da prefeitura. O Hospital Universitário leva mais R$ 1,7 milhão e o Hospital Regional R$ 1,3 milhão.

Mesmo com os R$ 14 milhões sendo investidos mensalmente nos hospitais é comum vermos histórias de pacientes em corredores, falta de médicos, de medicamentos, dificuldade em marcar exames, em conseguir leitos.

Por isso, Costa enfatiza que está na hora da sociedade se mobilizar e cobrar que o MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal), Assembleia Legislativa, Ministério da Saúde, SES (Secretaria Estadual de Saúde), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal façam sua parte e cobrem ações para que a saúde funcione de forma plena e pública para todos.

Estiveram presentes na reunião Inttel/MS, Sindicato dos Bancários, Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde, Pastoral da Juventude, MS de Fato (comunicadores populares), Sintssms (Sindicato da Seguridade Social), Sintsprev (Sindicato da Previdência Social e Assistência Social), Cedampo e Cut (Central Única de Trabalhadores).

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