A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira no encontro de chefes de Estado dos Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que este ano será “um pouco mais promissor do que 2012”. A presidente afirmou ainda que a economia brasileira vem se recuperando por efeito dos estímulos governamentais.

“2013 será um pouco mais promissor que 2012”, disse, em comunicado à imprensa, em Durban, na África do Sul. “A economia brasileira vem se recuperando depois da desaceleração de 2011 e 2012”, mas o crescimento “é resultado de determinação e vontade política” do governo, disse, lembrando dos estímulos adotados.

Ela salientou que a recuperação do crescimento econômico brasileiro não foi espontânea, mas fruto de iniciativas do governo, com estímulos, financeiros, tributários e monetários.

“(A recuperação) foi resultado de uma determinação, da vontade política do governo brasileiro que olhou para a situação internacional e doméstica e se propôs, se dispôs a impedir que os efeitos danosos internacionais atingissem de forma mais abrupta e crítica o mercado brasileiro. Contamos com um mercado interno forte e consolidado, resultado do menor nível de desemprego da história, das ações sociais e grandes programas de infraestrutura nas áreas de transporte, energia e comunicação”.

No mesmo comunicado ela enfatizou diversas vezes a necessidade de investimento em infraestrutura. Segundo ela, as oportunidades de investimentos devem ser ampliadas e, se há escassez de financiamentos, “vamos criar financiamentos de longo prazo”.

“Contamos com grandes programas de infraestrutura no Brasil, em energia, transporte e comunicação”, disse. Nesse contexto, Dilma ressaltou que investimento é anticíclico, por isso foi decidida a constituição do banco de desenvolvimento dos Brics.

Também para a proteção dos países, os Brics decidiram pelo acordo para contingenciamento de reservas (CRA, na sigla em inglês) que deve dispor de US$ 100 bilhões em reservas internacionais para socorro de liquidez em caso de crise.

A presidente lembrou ainda que o grupo de cinco países foi criado em meio à crise financeira internacional de 2007/08, mas que o dinamismo das economias dos cinco países tem contribuído para a recuperação global.

“Devemos assegurar criação de empregos de qualidade e aumento do bem-estar dos cidadãos. Não permitiremos que problemas de avançados criem barreiras ao nosso desenvolvimento”.