Dia Nacional de Luta reivindica votação de propostas que estão no Congresso
O Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores reuniu milhares de pessoas nas ruas de todo o País, nesta quinta-feira. Centrais sindicais, entidades estudantis e de defesa dos direitos humanos apresentaram uma pauta unificada que inclui, entre outros pontos, a redução da carga horária de trabalho de 44 para 40 horas semanais (Proposta de Emenda à […]
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O Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores reuniu milhares de pessoas nas ruas de todo o País, nesta quinta-feira. Centrais sindicais, entidades estudantis e de defesa dos direitos humanos apresentaram uma pauta unificada que inclui, entre outros pontos, a redução da carga horária de trabalho de 44 para 40 horas semanais (Proposta de Emenda à Constituição 231/95), o fim do fator previdenciário (Projeto de Lei 3299/08), o reajuste das aposentadorias e a rejeição do projeto de lei que regulamenta a terceirização (PL 4330/04).
Ao contrário das grandes manifestações que ocorreram no País a partir de meados de junho, dessa vez as bandeiras de sindicatos e de partidos políticos estavam presentes em abundância. O clima foi pacífico a maior parte do tempo, mas houve confrontos com policiais em algumas capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Aqui em Brasília, 2 mil pessoas, segundo a PM, e 6 mil, segundo as centrais sindicais, marcharam pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, com paradas estratégicas em frente aos ministérios do Planejamento, da Agricultura e das Comunicações.
Padrão Fifa
O diretor da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), João Lopes, resumiu as reinvindicações. “O povo hoje está na rua porque quer emprego, quer salário, quer educação pública de qualidade e quer dar um basta a uma política neoliberal que foi derrotada nas urnas e só atende aos banqueiros, às multinacionais e ao grande sistema financeiro”.
O diretor da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), Rolando Junior, reforçou a pauta. “Com essa inflação galopante que vivemos, queremos data-base, reposição salarial, antecipações, ou seja, queremos ser tratados da mesma maneira que tratam os banqueiros, a Fifa e todas as sanguessugas que só sabem explorar a classe trabalhadora”.
Greve geral
Vários partidos e centrais ameaçaram, inclusive, convocar uma greve geral caso não tenham suas reivindicações atendidas, como alertou o diretor da Central Sindical e Popular Conlutas, Paulo Varella. “Queremos avançar. É só o começo. Se não mudar essa política, nós vamos, sim, para uma greve geral”.
O deputado Vicentinho (PT-SP) compareceu à marcha dos trabalhadores e acredita que a manifestação terá efeito positivo quanto às propostas que tramitam no Congresso Nacional e interessam a diversas categorias. “Esse movimento que está ocorrendo no País inteiro é um movimento justo e organizado. Vamos juntar o movimento da juventude, ocorrido recentemente, com esses movimentos. Assim a gente fortalece a democracia. Tomara que meus colegas deputados tenham ouvidos bem apurados para as vozes que vêm das ruas”.
Além das pautas trabalhistas, os manifestantes também pediram mais investimentos em saúde, educação, reforma agrária, democratização das comunicações, além do combate à corrupção.
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