Tema que divide a opiniões entre a classe política, a Reforma Política, voltou a ser defendida em 2013 pelo deputado federal Fábio Trad (PMDB). Na sua opinião, o atual sistema está degradado e totalmente deslegitimado. O parlamentar afirma que o tema não atingiu a sociedade com a força e a importância que o mesmo requer. “Uma advertência é necessária. Quando o povo não se empolga por um tema legislativo, dificilmente se verificam as condições políticas necessárias para sua efetiva aprovação em lei. E é certo que o povo brasileiro ainda não se entusiasmou com a Reforma Política”, ressalta.

Neste ano que se inicia, Fábio Trad já declarou que vai lutar para que a Reforma Política seja aprovada. Ele aponta três linhas de ação em torno das quais os parlamentares devem fazer coro com fins de aprovar uma reforma que sirva ao País e não a interesses particulares ou de grupos políticos. “Precisamos elevar a política dando-lhe um caráter de nobreza que sua essência conceitual traduz. É preciso, portanto, que esta casa seja movida por três imperativos de consciência. Primeiro: não podemos e não devemos fazer a reforma pensando nas próximas eleições, mas sim nas próximas gerações. Segundo: não podemos e não devemos fazer a reforma pensando em nossos mandatos, mas no futuro da democracia. Terceiro, não podemos e não devemos fazer a reforma pensando em nossos partidos, mas na legitimidade do sistema representativo. Se com seguirmos superar estes desafios e vencermos o casuísmo e o imediatismo, nós não daremos apenas uma lei nova ao País. Nós daremos ao Pais a oportunidade de viver uma nova cultura política e isso não é pouco”.

O deputado vem desde o ano de 2011 articulando ações a fim de levar à sociedade informações sobre a importância do processo da Reforma Política. No ano em questão, Fabio levou à Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, por meio da Comissão Especial da Reforma Política da Câmara Federal, a Conferência Regional sobre a Reforma Política.

Para o parlamentar, é necessária a articulação de novas ações, de modo a envolver todos os setores sociais em seu debate. Para Fabio Trad, o parlamento deve procurar sensibilizar a população para a importância do tema, mostrando que muitas das distorções do sistema político eleitoral que provocam o distanciamento cada vez maior entre eleitor e eleito, corroendo a credibilidade da própria atividade política, podem ser enfrentadas agora e eventualmente corrigidas.

“Em regra, os eleitores não votam nas ideias e propostas dos candidatos na mesma medida que os candidatos não pautam suas campanhas por debates e ideias programáticas. O uso de dinheiro nas campanhas eleitorais faz e desfaz candidaturas: ter é mais que ser. Os eleitos não se sentem fiscalizados pelos eleitores, até porque a grande maioria dos eleitores não acompanha o exercício do mandato. Os partidos políticos estão enfraquecidos e os membros-filiados desconhecem e por isso descumprem seus princípios estatutários”, disse o deputado federal.