Demora em transferência de pacientes em UPA está entre as denúncias enviadas ao MPE pelo Sinmed
Os inúmeros problemas constatados pelo Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), em vistoria realizada no dia 20 de setembro, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, foram anexadas a uma denuncia enviado ao MPE (Ministério Público Estadual) na semana passada. A vistoria foi realizada a pedido do próprio órgão. De […]
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Os inúmeros problemas constatados pelo Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), em vistoria realizada no dia 20 de setembro, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, foram anexadas a uma denuncia enviado ao MPE (Ministério Público Estadual) na semana passada. A vistoria foi realizada a pedido do próprio órgão.
De acordo com o presidente do sindicato, Marco Antônio Leite, a demora na transferência de pacientes com casos graves, como os cardíacos e neurológicos, está entre um dos problemas constados na UPA. Casos como estes, foram inclusive abordados em reportagens do Midiamax na semana passada.
A aposentada Adeair Torres, 72 anos, aguardou por mais de 30 horas nesta mesma unidade para ser transferida para o Hospital Universitário, após ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral), no dia 10 deste mês. Além dela, Cláudia Mara dos Santos Riquelme Batista, 36 anos, também vítima de AVC, passou mais de 20 horas ‘internada’ no Centro Regional de Saúde (CRS) João Pereira da Rosa, no bairro Aero Rancho, na terça-feira (22), até ser transferida para o Hospital Regional do Mato Grosso do Sul-Rosa Pedrossian.
O presidente afirma que entre as constatações também estão a falta de medicamentos, de funcionários (principalmente enfermeiros), de matérias médicos, como seringas; e retardo de 12h a 24h na realização de exames de urgência. “Há ainda ausência de uma autoclave, equipamento utilizado para esterilização de utensílios. Por conta disto, o procedimento está tendo que ser feito na UPA da Vila Almeida”, relata.
Conforme o médico, o MPE e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ainda não se pronunciou sobre a denúncia.
Retaliação
O Sinmed também têm recebido inúmeras reclamações de médicos e funcionários das unidades de saúde da Capital que estariam sofrendo uma espécie de coação frente às sindicâncias abertas pela secretaria. “As investigações estão sendo abertas sem que os acusados sejam ouvidos”, afirma.
Um exemplo apontado pelo presidente é o caso do médico Renato Figueiredo, que foi afastado do cargo após um suposto problema de atendimento no UPA Vila Almeida, no começo deste mês. “Estamos dando todo apoio a ele. Inclusive, disponibilizamos nossa equipe jurídica para atendê-lo”, afirma.
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