Demitidos há 15 dias, funcionários da Filizola estão sem FGTS e seguro-desemprego
Cerca de 40 funcionários dos 60 demitidos pela empresa Filizola em 11 de julho deste ano se reuniram na manhã desta sexta-feira (26) na sede da empresa, localizada na avenida Costa e Silva, 1.200, Vila Progresso, em Campo Grande, para tentar receber seus direitos. A empresa não depositou em sua totalidade o FGTS (Fundo de […]
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Cerca de 40 funcionários dos 60 demitidos pela empresa Filizola em 11 de julho deste ano se reuniram na manhã desta sexta-feira (26) na sede da empresa, localizada na avenida Costa e Silva, 1.200, Vila Progresso, em Campo Grande, para tentar receber seus direitos. A empresa não depositou em sua totalidade o FGTS (Fundo de Garantia do por Tempo de Serviço) dos funcionários e não liberou a guia do seguro-desemprego.
Robson Lopes, 31 anos, supervisor do almoxarifado, conta que há dois meses os funcionários estão sem receber e quando foi no dia 11 aconteceu a demissão em massa. Ele revela que benefícios como vale-transporte, vale-refeição vinham sendo descontados sem serem repassados aos funcionários. Até pensões alimentícias, segundo Lopes, foi descontada em folha, mas não foi depositada ao beneficiário.
O funcionário tirou férias em abril diz e até agora não recebeu o valor a que tem direito. Ela conta ainda que apesar de a empresa já ter dado baixa na Carteira de Trabalho dos funcionários, FGTS e seguro-desemprego não foram liberados.
Em alguns casos, o FGTS sequer foi depositado. Uma ex-funcionária, que não quer ter o nome vinculado na mídia porque já está em outro trabalho, relata que ficou por um ano na empresa e agora quando foi pegar o extrato analítico na Caixa Econômica Federal viu que a empresa nunca nem abriu a conta do FGTS em seu nome. “Um ano de empresa e nada depositado. Os funcionários da Caixa ficaram pasmos com a situação”, conta.
Em situação semelhante, Felício da Silva Ludgeru, 52 anos, supervisor de produção, conta que a crise começou há cerca de dois anos. Há quase sete na empresa ele diz que não recebe há dois meses e só está sobrevivendo porque sempre foi econômico e tinha uma pequena reserva. Dinheiro que termina neste mês. “Se eu não fosse precavido estava morto. Mas, e agora quando acabar o que vou fazer?”, questiona.
Felício diz que as contas de água, luz, mercado estão todas sendo parceladas no cartão de crédito e se não houve uma solução rápida não sabe o que irá acontecer.
Ele ainda reclama da falta de respeito da empresa com os ex-funcionários. Segundo o supervisor, todas as vezes que liga para buscar uma resposta é enrolado. “Ficam fazendo a gente de idiota”
O gerente da filial de Campo grande Ricardo Claro dos Santos, 43 anos, diz que toda a parte financeiro-administrativa é feita em São Paulo. Por isso, não sabe dizer se haverá um acordo e como este será feito.
Hoje, ele e o jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos conversaram em audiência por telefone com a equipe paulistana. O resultado a sessão será passado aos funcionários que decidirão se aceitam ou se vão entrar na Justiça contra a empresa.
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