CPI: Adalberto recebia salário de R$ 100 mil e diz que prestar serviço para HC não era antiético

O médico foi ouvido na CPI da Saúde da câmara de vereadores. Segundo os orgãos que compõem a Operação Sangue Frio, o médico é um dos principais articuladores da privatização da radioterapia em MS

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O médico foi ouvido na CPI da Saúde da câmara de vereadores. Segundo os orgãos que compõem a Operação Sangue Frio, o médico é um dos principais articuladores da privatização da radioterapia em MS

O médico Adalberto Siufi declarou durante a CPI da Saúde que não considera antiético a empresa dela, a Neorad, ter prestado serviço ao Hospital do Câncer, na época em que ele fazia parte da diretoria.

Em seu depoimento, o médico confirmou ainda ter recebido salários de R$ 100 mil e garantiu que esses pagamentos eram por serviços prestados, plantões e serviços da empresa dele para o hospital.

Questionado sobre a carga horária que fazia, ele declarou que trabalhava 40h semanais no hospital do Câncer, 20h no Hospital Universitário e ainda trabalhava na empresa dele.

Adalberto chegou a CPI acompanhado do primo e advogado criminalista, Renê Siufi, alegando que nunca foi ouvido e teria sido linchado moralmente.

Segundo o MPF (Miistério Público Federal) – que faz parte das investigações da Operação Sangue Frio, Adalberto foi o principal articulador da privatização da radioterapia em MS. Ele teria atuado para desativar o serviço de radioterapia do HU/UFMS e é o principal beneficiado pela situação.

Isso porque Adalberto é sócio-proprietário da clínica Neorad, atuou como chefe do serviço de oncologia do HU e supervisonou o Programa de Residência Médica em Cancerologia Cirúrgica da UFMS, participava ativamente da direção do Hospital do Câncer e era, até pouco tempo, também responsável técnico pelo setor de cirurgia oncológica (combate ao câncer) da Santa Casa.

A oitiva é a 11ª realizada pelo vereadores da CPI da Saúde. A filha de Adalberto, Betina Siufi – que fazia o financeiro do HC – também deverá ser convocada.

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