Conselho Estadual aponta ‘privatização branca’ com pagamento de dívida da Santa Casa

Bueno afirma que se estes R$ 40 milhões fossem investidos nos complexos hospitalares e unidades conforme deliberação do Conselho, já teríamos ao menos duas unidades públicas a mais, que até mesmo desafogariam a Santa Casa de Campo Grande

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Bueno afirma que se estes R$ 40 milhões fossem investidos nos complexos hospitalares e unidades conforme deliberação do Conselho, já teríamos ao menos duas unidades públicas a mais, que até mesmo desafogariam a Santa Casa de Campo Grande

O pagamento de R$ 40 milhões da dívida da Santa Casa, anunciado pelo governador André Puccinelli (PMDB), é visto como uma forma de “privatização branca”, pelo presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Corrêa Bueno.

“Pelo fato da Santa Casa atender ao setor privado isso pode ser visto como uma privatização branca da saúde pública. Esta ação vai contra o que prega o Conselho, de que, por exemplo, este mesmo dinheiro fosse investido em hospitais 100% públicos”, disse o presidente.

Bueno explica que na VI Conferência Estadual de Saúde, realizada em setembro de 2007, foram aprovada as propostas de construção de hospitais públicos em Três Lagoas e Corumbá, além de implantação de UTI Neonatal também na cidade branca e ampliação em 100% os leitos das neonatais em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

“Imagina se estes R$ 40 milhões fossem investidos nos complexos hospitalares e unidades conforme nós deliberamos? Já teríamos ao menos duas unidades públicas a mais, que até mesmo desafogaria a Santa Casa de Campo Grande”, argumentou Bueno.

Outra proposta do Conselho é pela “gradual efetivação de uma rede pública própria com aquisições e construção de Unidades de Saúde com a diretriz clara de reduzir gradualmente a compra do serviço do setor privado, objetivando num período determinado atingir 100% de unidades próprias para assistência a Saúde no Estado de Mato Grosso do Sul”.

“Ou seja, todas as ações do Governo do Estado tem ido na contramão do indicado”, concluiu Bueno. Ele informou ainda na próxima reunião marcada para o dia 31 de julho, o conselho vai deliberar sobre o empréstimo de R$ 40 milhões, entre outros assuntos.

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