Caixa Econômica Federal analisa receitas futuras do Itaquerão

A Caixa Econômica está analisando as receitas futuras do Itaquerão para sacramentar de vez a proposta de ser o agente repassador do dinheiro do BNDES para o Corinthians. O clube já desistiu de negociar com o Banco do Brasil, pela falta de diálogo e porque ele só aceitava se a Odebrecht fosse a fiadora do […]

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A Caixa Econômica está analisando as receitas futuras do Itaquerão para sacramentar de vez a proposta de ser o agente repassador do dinheiro do BNDES para o Corinthians. O clube já desistiu de negociar com o Banco do Brasil, pela falta de diálogo e porque ele só aceitava se a Odebrecht fosse a fiadora do empréstimo por todo o período de 13 anos (após os dois anos de carência). Com a Caixa, a intenção é ter a empreiteira como fiadora por três anos e o restante seria assegurado pela receita que o estádio vai gerar.

Segundo o próprio Corinthians, é possível que a arena consiga gerar de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões nas análises mais otimistas, o que já seria suficiente para garantir o pagamento do empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES.

Entre as possibilidades de receita estão aluguel de camarotes, cadeiras cativas e uma série de serviços que o estádio terá como bares, restaurantes, estacionamento e até uma discoteca. Os camarotes, por exemplo, serão luxuosos e o próprio clube já admite uma fila de espera dos interessados para garantir o espaço.

Uma das ideias do projeto é usar o estádio para eventos e como centro de convenções, o que faria com que tivesse um uso em dias que não são de jogos e também, por outro lado, faria com que alguns eventos privilegiados culminassem em uma partida do Corinthians ao final do expediente, exercendo um grande fascínios às empresas interessadas.

Ao que tudo indica, a Caixa deve realmente aceitar a proposta com esse teor e apostar nas receitas futuras do estádio que vai receber o primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014.

Do lado do BNDES, os diretores estão esperando o Corinthians informar a mudança do agente financeiro e aí vai para uma aprovação da diretoria. Antes, a Sociedade de Propósito Específico que foi criada para fazer a negociação (formada por Odebrecht e Corinthians) tinha destacado o Banco do Brasil como agente repassador, mas agora terá de especificar a alteração.

Depois, a operação é contratada e o cronograma de desembolso caminhará junto com o andamento das obras. Para dirigentes do clube, o dinheiro deve levar até dois meses para cair na conta, mas especialistas indicam que, como o projeto está adiantado, o repasse não deve demorar tanto, pois a comprovação de uso da parcela anterior será sempre mais rápido.

Nesta quarta-feira, a Odebrecht divulgou que as obras estão com 75,24% de avanço e garantiu, em comunicado, que o estádio estará completamente concluído em dezembro deste ano, conforme prazo estipulado pela Fifa.

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