Os bancários do HSBC de diversos países da América Latina protestam nesta terça 25 de junho pelo fim das demissões e das metas desumanas; melhores condições de trabalho; mais valorização dos trabalhadores e respeito aos clientes.

Em Dourados o Sindicato realiza reunião com os funcionários na agência do HSBC para discutir os problemas enfrentados pelos trabalhadores do banco e conscientizá-los da importância de se manterem mobilizados.

Segundo José Carlos Camargo Roque, diretor do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região e funcionário do HSBC, “Mesmo tendo lucrado R$ 1,225 bilhão em 2012 e experimentado crescimento de 9,6% em relação a 2011, o banco britânico demitiu cerca de 2 mil trabalhadores no ano passado”. Os números são relativos ao Brasil.

“A instituição pratica uma inexplicável rotatividade de mão de obra, que não se repete em nenhum outro país. Ou seja, o banco manda o lucro para a Inglaterra e deixa aqui no Brasil e no restante da América Latina o desemprego e a precarização”, denuncia o dirigente sindical.

O quadro reduzido de funcionários faz com que os bancários sejam obrigados a trabalhar no limite, não conseguindo atender à demanda dos clientes. “Para piorar, quando um adoece por problemas psicológicos, Ler/Dort ou outras causas, o descaso do RH é absurdo, sem contar o aumento abusivo do valor do plano de saúde.

Pauta de reivindicações – Os representantes dos trabalhadores entregaram, no dia 19, à direção da empresa a pauta de reivindicações específica e os funcionários esperam negociações já.

Organização internacional – A mobilização foi acordada em reunião da UNI Américas, ocorrida no início de maio, no Paraguai, entre dirigentes sindicais de diversos países do continente, como Argentina, Brasil, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai. A UNI Américas é o braço continental da UNI-Sindicato Global, que representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todos os continentes, entre eles os bancários.

“É solicitada a solidariedade em nível internacional para a grave situação de todos os funcionários do HSBC e o estado de alerta e mobilização de todos os sindicatos filiados, com o único objetivo de proteger todos os trabalhadores e seus direitos”, diz trecho do texto final do encontro.

“Em toda América Latina o HSBC desrespeita os trabalhadores e toma decisões de forma unilateral, tolhendo benefícios já conquistados e colocando em risco a saúde dos trabalhadores, através da sobrecarga. Por isso uma organização internacional é fundamental para enfrentar esses problemas. Juntos somos fortes e outras manifestações virão até que sejamos respeitados”, completa o texto do documento aprovado pelos dirigentes sindicais latino-americanos.