Ativista brasileira do Greenpeace detida na Rússia é acusada de pirataria

plataforma da empresa de energia russa GazproDois dos 30 ativistas da organização não governamental Greenpeace detidos na Rússia foram acusados hoje (2) de pirataria por um tribunal de Murmansk, cidade situada no norte do país. Os acusados são cidadãos do Brasil e da Grã-Bretanha. “Consideramos as acusações absolutamente vazias, sem fundamento e ilegais. Os nossos […]

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plataforma da empresa de energia russa Gazpro

Dois dos 30 ativistas da organização não governamental Greenpeace detidos na Rússia foram acusados hoje (2) de pirataria por um tribunal de Murmansk, cidade situada no norte do país. Os acusados são cidadãos do Brasil e da Grã-Bretanha.

“Consideramos as acusações absolutamente vazias, sem fundamento e ilegais. Os nossos ativistas não tiveram como objetivo apoderar-se da propriedade de alguém. Não houve crime”, disse Mikhail Kreindlin, advogado da Greenpeace. Vinte e oito pessoas da tripulação do navio Arctic Susrise aguardam a acusação, que poderá ser semelhante à decisão tomada hoje.

No âmbito de uma campanha contra a exploração petrolífera no Ártico, iniciada pela Rússia e parceiros ocidentais, ativistas da Greenpeace tentaram, há uma semana, escalar uma m no Mar de Barents. A empresa é maior exportadora de gás natural do mundo.

Os militantes foram impedidos por guardas costeiros russos, que dispararam tiros de advertência com armas automáticas, de acordo com a organização não governamental.

O navio da Greenpeace Artic Sunrise, com bandeira holandesa, foi abordado pela guarda costeira russa e rebocado até Murmansk, onde os 30 membros da tripulação internacional foram colocados em detenção, acusados de pirataria, um crime passível de uma pena de 15 anos de prisão.

Segundo a Greenpeace, os ativistas detidos são originários de 19 países: da Rússia, dos Estados Unidos, da Argentina, do Reino Unido,do Canadá, da Itália, Ucrânia, de Nova Zelândia, da Holanda, Dinamarca, Austrália, do Brasil, da República Checa, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e da França. Todos os ativistas rejeitaram as acusações de “pirataria”, dizendo que a ação de protesto na plataforma da Gazprom foi pacífica.

O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu que os ativistas “não são piratas”, mas que tinham “infringido o direito internacional”. A comissão de inquérito russa, principal órgão encarregado das investigações criminais, indicou que as acusações poderão ser reduzidas durante a investigação, mas as acusações de hoje vão em sentido contrário.

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