Apaixonados lamentam fim de linha para Kombis e contam aventuras para se ter uma
Acreditando que veículo aguentaria uma viagem, fotógrafo conta saga de buscar veículo e ficar parado na estrada. Tudo pelo amor ao carro.
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Acreditando que veículo aguentaria uma viagem, fotógrafo conta saga de buscar veículo e ficar parado na estrada. Tudo pelo amor ao carro.
O fotógrafo Rhobson Tavares Lima é um apaixonado por Fuscas e Kombis. Ele conta que o amor pela Volkswagen começou quando menino devido a uma Kombi/Pick-up que era do avô e passada ao pai, por não agüentar a viagem de retorno para o interior paulista quando a família veio morar em Aquidauana.
Mais de 30 anos depois, outra Kombi chegou à família, desta vez a de Rhobson. Para ter o veículo tão sonhado no estilo saia e blusa, em cima é azul e embaixo prata, o fotógrafo foi até Maringá buscar a caranga. Mas, o que era para ser uma simples viagem para buscar o veículo se tornou uma grande aventura.
A ideia era fazer um bate e volta, mas muitos contratempos e aborrecimentos ele precisou para ter o carrão na garagem. A viagem demorou quase uma semana, nada que lhe tirou o humor ou a vontade de deixar a Kombosa do jeito que sonhou.
Ele lembra que um primo que mora em Maringá, Fernando Bocão, sabendo da paixão que ele tinha pelo veículo, ligou contando que havia visto uma Kombi do jeito que ele queria em uma garagem da cidade. No dia não deu muita importância, mas passados seis meses o primo avisou que a Kombi ainda estava lá, esperando por ele. Por coincidência, ou destino, uma amiga estava de viagem para Maringá e iria sozinha de carro. “Tai a minha oportunidade de ir buscar a Kombi e voltar”, conta, lembrando que pensava em chegar em Maringá, comprar a Kombi e já voltar para trás.
Ele então ligou na garagem perguntou sobre o estado do veículo e foi embora. Mas, ao chegar à cidade as coisas eram diferentes da informada. A Kombi não queria pegar e os pneus não agüentavam nem ir na esquina imagina para a estrada. Ele trocou os pneus, pôs bateria nova e veio embora na fé.
Chegando em Nova Andradina a Kombi fundiu o motor e ele se viu sozinho, na estrada, com o carro quebrado. Parou um, dois, três caminhoneiros pedindo ajuda, até que um lhe disse: se você não for buscar o mecânico ninguém vai vir te socorrer não.
“Eu estava sozinho em um lugar ermo e a Kombi não funcionava, sequer queria fechar a porta e as minhas coisas todas dentro. Subi no caminhão, benzi a Kombi e fui embora buscar ajuda”, revela.
O jeito foi por a Kombi em cima de um caminhão e assim chegou ‘guinchada’ até Aquidauana. Neste trajeto, Rhobson revela que levou quase uma semana para chegar em casa, a mulher até fez festa para recebê-lo depois de toda a odisseia que foi levar o carro até a cidade.
Agora ele está reformando a Kombi para poder certificá-la como carro de colecionador. Ele conta que dá muito trabalho, mas que vale a pena. “Vou todos os dias à funilaria para ver como está a reforma. Não é fácil, ainda mais em cidade pequena. Tenho que correr atrás de peça, de tudo. Dá um trabalho danado, mas o amor que tenho pelo carro vale a pena”, diz.
Brasil anuncia fim da fabricação da Kombi
Após mais de 60 anos percorrendo milhares de quilômetros pelo mundo, a Kombi, a mítica caminhonete da Volkswagen deixará de ser produzida em todo o mundo, agora que o Brasil, único país a manter a montagem do modelo, anunciou o fim da sua fabricação em dezembro.
Considerado como um objeto de culto para muitos de seus fãs, a Kombi traçou durante décadas o caminho de várias famílias e trabalhadores no mundo todo, especialmente no Brasil, onde durante mais de 30 anos foi o único veículo de carga que circulou pelas estradas.
Em 31 de dezembro, a Volskwagen parará as máquinas do modelo, mas pelo menos por mais alguns anos, a Kombi continuará percorrendo as ruas do Brasil como uma autêntica peça de colecionador.
A história das Kombis da família Lima
Rhobson lembra saudoso que a primeira Kombi da família que tanto carregou ele os irmãos para cima e para baixo veio de Araçatuba, dirigido pelo avô, que veio até o então Mato Grosso trazer o filho para viver em Aquidauana. Com medo de retornar sozinho com o carro, a Kombi acabou ficando e o avô voltou de trem para São Paulo.
“O carro, lembra, além, de utilitário, carregava toda a família. Fui criado, praticamente, dentro de uma Kombi”, brinca.
Mas, o veículo começou a dar muita manutenção e acabou encostado na chácara da família. O pai comprou outra Kombi, estilo saia e blusa, aquelas que a parte de cima é de uma cor e a de baixo de outra. A da família Lima era branca e vermelha, e mais uma vez a Kombi virou o xodó de todos. O pai depois precisou vender o carro, mas o amor pelo modelo já tinha sido despertado em Rhobson. E foi quando a mulher ficou grávida há três anos e decidiu dar o carro da família para ela e comprar um Fusca para ele. O modelo escolhido foi um 1964. Ele então começou a reformar o Fusca e há alguns meses conseguiu a tão sonhada placa preta, que caracteriza carro de colecionador.
“Para ter a placa preta o carro precisa ter no mínimo 30 anos, 80% de originalidade e o proprietário participar de clube de colecionador há seis meses”, diz, sobre um dos mimos que tem em casa, lembrando que o Fusquinha ficou com 95% de originalidade.
Agora está terminando a reforma da Kombi saia e blusa, de 1974, e depois vai customizar outra Kombi, modelo 1975, para usar no trabalho. A ideia é fazer um envelopamento com motivos do Pantanal.
*Com informações da Efe
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