Anderson Silva encara papel sério e sem riscos em sua estreia no cinema
“Eu não sou o Anderson Silva, senhor. O senhor deve estar enganado”. A frase do sisudo personagem Andrew Silva diz muito sobre a estreia do ex-campeão do UFC Anderson Silva no grande circuito de cinema. O lutador de 38 anos dá seu primeiro passo em direção à carreira de ator com um papel no blockbuster […]
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“Eu não sou o Anderson Silva, senhor. O senhor deve estar enganado”. A frase do sisudo personagem Andrew Silva diz muito sobre a estreia do ex-campeão do UFC Anderson Silva no grande circuito de cinema. O lutador de 38 anos dá seu primeiro passo em direção à carreira de ator com um papel no blockbuster brasileiro “Até que a Morte Nos Separe 2”, com estreia prevista para 27 de dezembro, curiosamente um dia antes da revanche contra Chris Weidman, no UFC 168. E, até como forma de aliviar a pressão na nova carreira, ele é pouco exigido e usa sua persona mais habitual como um apoio neste desafio.
O pupilo de Steven Seagal (nas lutas) não teve um personagem criado especialmente para si na comédia estrelada por Leandro Hassum e Camila Morgado. Mas encaixou-se num papel já criado que, para o diretor Roberto Santucci e o roteirista Paulo Cursino, era perfeito para que não se exigisse mais do que ele poderia entregar. No fim, o grande desafio para contracenar com Hassum foi só um: segurar o riso e manter a pose séria pelos cinco minutos em que aparece na tela.
“Até que a Morte Nos Separe 2” é a continuação do filme de mesmo nome que foi o mais visto do cinema nacional em 2012. Leandro Hassum segue como protagonista e agora quem vive sua mulher na tela é Camila Morgado, que substitui Danielle Winits, fora por problemas de agenda. Na história, Hassum vive um personagem que ganha uma herança milionária e parte para Las Vegas para jogar as cinzas do “doador” da bolada.
Na Cidade do Pecado, o protagonista se deixa levar pela jogatina e é nesse cenário que aparece “Andrew Silva”. O personagem do lutador começa como segurança de um hotel cassino e acaba se revelando um policial disfarçado. E a primeira cena com ele já brinca com a questão: aquele é ou não Anderson Silva?
Hassum tenta de tudo para ‘desmascarar’ o lutador, ou ao menos fazê-lo dar risada, e o astro do MMA mantém a pose séria. Era, como admitem os produtores, um desafio para o próprio Anderson – apesar de ser um desafio muito mais de autocontrole do que de interpretação ou uma mostra de seu talento como ator.
“É uma tirada clássica de humor, de o personagem ser ou não ser o que o ator é na vida real”, explicou o roteirista Paulo Cursino. Ele contou que o personagem – que tem papel fundamental no desfecho do enredo – já existia e que Anderson acabou sendo uma boa escolha para ele. O que foi criado especificamente para o Spider é uma cena de luta, em que o ex-campeão encara Hassum no MMA no maior estilo Trapalhões, com direito a chute nas partes baixas e tudo.
O que resume a participação de Anderson Silva nestes cinco minutos em que ele aparece na tela é a seriedade de seu personagem. E a intenção foi exatamente essa por parte da direção e do roteirista do filme: como ela ainda não é ator, de fato, eles não quiseram obrigá-lo a ser.
“No começo ficamos preocupados por ele não ser um ator ainda, por estar cru. Sabíamos que não podíamos dar um diálogo. Mas no set ele foi muito profissional, foi muito correto. O papel mais sério foi proposital, já que ele ainda não tem nuances dramáticas, não teria como exigir isso dele”, explicou Cursino, roteirista tanto da primeira parte quanto desta continuação. “Mas é claro que eu não podia deixar de criar uma cena de luta entre ele e o Leandro (risos).”
Hassum elogiou o profissionalismo do lutador. “Ele, que vem do esporte, tem uma disciplina tão grande, que ele trouxe essa disciplina até para ser ator. Ele tinha um preparador o ajudando, e foi um prazer ver ele se dedicando. Tem muita gente que pega um papel desse e tenta usar sua própria persona, mas o Anderson não é assim, ele gosta é de brincar com isso.”
O diretor Roberto Santucci arrematou: “Ele mostrou uma humildade enorme, brincou e ralou com a gente. Foi muito tranquilo, fiquei impressionado como ele é carismático e fácil de lidar”.
Com isso tudo em vista, é até difícil avaliar a estreia de Anderson. Ele não chega a fazer comédia, são as ações de Hassum que causam riso. Suas falas não exigem interpretação, não tem coloquialidade e são simples. Então, apesar de quebrar o gelo da estreia, só um próximo papel, com um pouco mais de profundidade, é que vai provar se o lutador tem talento e futuro para uma longa carreira nas telonas, como Anderson quer depois que decidir se aposentar das lutas.
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