Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa defendeu eleições limpas e alertou que vender o voto “é escancarar as portas para a corrupção”. “Voto não tem nada preço, tem consequência”, frisou. “Sem contar que é um ato ilícito e antiético”, acrescentou.

Para Dom Dimas, é importante o eleitor definir seu voto levando em consideração “a história do candidato e as propostas dos partidos”. “Temos que descartar aqueles que só aparecerem em época de eleições”, defendeu.

Na campanha, segundo Dom Dimas, os padres foram orientados a incentivar sabatinas com os candidatos para garantir oportunidade de a população conhecer os postulantes à prefeitura e à Câmara Municipal. Também foram distribuídas cartilhas em defesa do fim da corrupção.

Ele ainda destacou debate, promovido pela Arquidiocese de Campo Grande, no qual os sete candidatos a prefeito da Capital assinaram carta se comprometendo a nomear apenas ficha limpa no secretariado.

Para ele, inclusive, a aprovação da lei foi uma das maiores conquistas dos brasileiros nos últimos anos. “Foi uma luta assegurar o ficha limpa”, comentou, fazendo menção aos anos que a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) se empenhou pela conquista.

“Em 1999, veio a primeira lei contra a corrupção, de iniciativa popular e capitaneada pela CBBB”, lembrou. “Depois, foram mais de 10 anos para assegurar a aprovação da Lei da Ficha Limpa, graças à assinatura de mais de 1,3 milhão de brasileiros”, emendou.

Indagado sobre a diferença das eleições de 2012, diante da nova lei, Dom Dimas acredita que “limpamos a área”, levando em consideração o número inferior de contestações, em comparação aos pleitos anteriores.

Por outro, questionado sobre compra de voto, o arcebispo disse observar casos. “Pelo que tenha acompanhado, existe, vários candidatos já foram acusados”, lamentou. Neste sentido, ele reforçou que “voto não tem preço, tem consequência”.