Taça das Favelas reúne 2 mil jovens no Rio

Cerca de 2 mil jovens com idades entre 15 e 17 anos, moradores de comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro, disputam, a partir de amanhã (8), a Taça das Favelas de futebol de campo. A abertura oficial da competição ocorreu na manhã de hoje (7), com dois amistosos.Impulsionado pela preparação do país para […]

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Cerca de 2 mil jovens com idades entre 15 e 17 anos, moradores de comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro, disputam, a partir de amanhã (8), a Taça das Favelas de futebol de campo. A abertura oficial da competição ocorreu na manhã de hoje (7), com dois amistosos.

Impulsionado pela preparação do país para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o torneio é promovido pela Central Única das Favelas (Cufa).

Ao todo, 80 equipes (64 masculinas e 16 femininas) vão se enfrentar até a grande final, em 11 de fevereiro. Todos os jogos ocorrem em uma arena montada em Padre Miguel, zona oeste do Rio.

De acordo com Rogério Garcia, representante da Cufa, o objetivo da Taça das Favelas é promover a integração das comunidades por meio do esporte, além de descobrir talentos para o futebol.

“Com essa competição, podemos unir a favela e o asfalto e juntar comunidades que antigamente eram rivais. A comunidade de Parada de Lucas, por exemplo, era rival de Vigário Geral há alguns anos, mas aqui elas formaram uma mesma seleção. Queremos motivar esses jovens a exercerem a cidadania e a praticarem esportes, além de contribuir para que os atletas ganhem visibilidade”, explicou.

Ele acrescentou que, no ano que vem, o objetivo é ampliar a competição, mobilizando favelas de outros estados para um torneio nacional. Em 2014, um mês antes da abertura da Copa do Mundo no Brasil, a organização pretende promover a Copa das Favelas, evento que pretende reunir também comunidades de outros países.

Núbia Naiara, de 16 anos, entrou em campo hoje (7), durante o amistoso feminino. Moradora da comunidade João 23, em Santa Cruz, zona oeste do Rio, ela pratica futebol há nove anos.

“Um evento como esse é importante para incentivar a prática do esporte e é uma oportunidade para a gente que gosta de futebol, porque é difícil nas nossas comunidades ter um campeonato. O esporte ajuda muito, a gente aprende a ter mais disciplina, concentração e a respeitar mais os outros”, disse no intervalo do jogo contra o Complexo do Alemão, na zona norte da cidade.

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