Senador pede que, caso Demóstenes seja inocentado em plenário, “enterrem o Senado Federal”
Figura conhecida por discursos inflamados, o senador tucano Mario Couto (PA) foi o primeiro inscrito no Conselho de Ética na noite desta segunda-feira (25) para falar. Em seu discurso, o parlamentar diz ter sido enganado pelo senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e que está preocupado com o pedido da defesa do político goiano para que o […]
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Figura conhecida por discursos inflamados, o senador tucano Mario Couto (PA) foi o primeiro inscrito no Conselho de Ética na noite desta segunda-feira (25) para falar. Em seu discurso, o parlamentar diz ter sido enganado pelo senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e que está preocupado com o pedido da defesa do político goiano para que o caso fosse analisado em plenário.
Couto afirmou que pedirá o desligamento dele do Conselho de Ética caso em plenário –onde a votação é secreta– Demóstenes Torres seja inocentado. “Tragam o caixão do Senado Federal, enterrem o Senado Federal. Sepulte de uma vez. Que moral teremos mais depois disso?”, bradou o senador já prevendo que em plenário Torres será absolvido.
“Por mais que se defenda alguém e que para isso tenha que se apelar para determinadas regras. Acho que aqui está a ética. A preservação da ética e da moral. Acho que a defesa não pode reclamar da ampla liberdade de defesa”, argumentou Couto.
As reuniões do Conselho de Ética e da CPI Mista (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cachoeira têm sido palco constate para parlamentares defenderem seus interesses e atacarem adversários políticos.
A fala de Couto foi feita após quase 3h de leitura do parecer do relator do caso, o senador Humberto Costa (PT-PE), que pediu a cassação de Demóstenes Torres por quebra de decoro parlamentar por mentir ao seus pares e trabalhar em seu mandato para ajudar o contraventor Carlos Augusto Ramos, Carlinhos Cachoeira.
Depois de Couto, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) quis pedir a palavra para frisar que o Senado Federal “não é uma confraria de amigos, um clube, uma corporação”.
A votação do relatório será aberta e nominal. Se aprovado, será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça que analisará a constitucionalidade e, só depois será votada por todos os senadores em plenário de forma secreta.
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