Os estudantes da UEMS tiveram os cartazes rasgados e foram agredidos verbalmente
Cerca de 20 estudantes com caras pintadas, munidos de apitos e ostentando cartazes, nos quais estavam escrito “eu não sou otário, sou universitário”, foram protestar contra o corte de 20% da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).
Ao avistarem os estudantes, os seguranças tentaram conter o protesto, rasgaram cartazes e agrediram verbalmente os jovens.
De acordo com os acadêmicos, o movimento organizado no meio da semana foi uma forma de irem atrás de seus direitos, uma vez que foi anunciado o corte de 20% da verba da Universidade que já é “ínfima”.
Eles disseram que a Uems recebe 20 mil por ano, para dividir entre seis cursos, sendo Geografia, Artes Cênicas, Pedagogia, Turismo e Letras – que é dividido em inglês e espanhol.
O protesto foi abafado desde o início. Os estudantes gritavam palavras de ordem e chamavam o governador André Puccinelli (PMDB) de ditador. Cartazes foram rasgados pelos seguranças que tentavam conter o protesto a todo custo, chegando a agredir verbalmente os manifestantes.
Tawany Gasoso, 19, que cursa Artes Cênicas e Dança, contou que a falta de estrutura é tão grande que sua turma estuda na escola estadual Hércules Maymone, onde não há estrutura nem autonomia para os estudos.
Os alunos informaram que a construção de um prédio já foi aprovada, contudo o governador não dá início às construções. Além disso, eles ficaram sabendo que mesmo com todos esses problemas, foi anunciada a abertura de um curso de medicina na universidade.
“Eles não dão atenção nem para os cursos que já tem e ainda querem abrir um curso de medicina?”, questionou Tainara Sobrinho, 21, acadêmica do curso de Letras.