A projeção de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela oitava semana seguida. Desta vez, a estimativa passou de 5,3% para 5,29%. Para 2013, a expectativa foi mantida em 5%, também pela oitava semana consecutiva. Essas projeções estão acima do centro da meta de 4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%.

Cabe ao BC perseguir essa meta de inflação estabelecida pelo governo. Um dos instrumentos para controlar os preços é a alteração na taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic para estimular a atividade econômica ou eleva a taxa quando avalia que a economia está muito aquecida, com alta dos preços. Nesse caso, o Copom sobe a taxa para incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar a inflação.

Na semana passada, o Copom optou por reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, pela quarta vez seguida. Atualmente, a taxa está em 10,5% ao ano. Para o final de 2012, os analistas esperam que a Selic fique em 9,5% ao ano, há seis semanas. Mas ao final do próximo ano, a expectativa é de que a Selic esteja em patamar mais elevado – 10,25% ao ano.

A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,24% para 5,22%, neste ano, e de 4,7% para 4,75%, em 2013.

A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 4,99% para 5,01%, este ano, e permanece em 4,9%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), o ajuste foi de 5,01% para 5%, este ano, e de 4,94% para 5%, em 2013.

A estimativa dos analistas para os preços administrados foi alterada de 4,2% para 4%, em 2012, e segue em 4,5%, no próximo ano.