Os preços do petróleo no mercado internacional encerraram a sessão de hoje em declínio. O plano de resgate aos bancos espanhóis não foi suficiente para diminuir as preocupações de que a demanda pela commodity vai cair, diante da crise que assola a Europa.

Em Londres, o Brent caiu 1,43%, fechando o pregão aos US$ 97,73 o barril. A cotação não atingia esse nível desde o dia 27 de janeiro do ano passado, quando marcou US$ 97,51 o barril. O WTI, em Nova York, perdeu 1,65%, encerrando as operações em US$ 83 o barril.

Neste fim de semana, a Espanha concordou em receber ajuda financeira para seu setor bancário, que está em dificuldades. O valor da ajuda vai ser determinado pelo Banco Central Europeu, a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Após reunião entre ministros das finanças da zona do euro, ficou acertado que a Espanha pediria até 100 bilhões de euros.

Logo após sua divulgação, o plano de recapitalização dos bancos espanhóis foi bem recebido pelo mercado. Mas já começou a ser questionado. A cautela vem da ausência de detalhes de como o acordo será estruturado.

Além das preocupações sobre a recessão em que está mergulhada a Espanha e outros países da Europa, também pesa sobre o humor dos investidores a expectativa com relação às eleições parlamentares na Grécia, programadas para o próximo domingo.

Para os próximos meses, por outro lado, alguns analistas acreditam que os preços do petróleo devem começar a apresentar alguma recuperação.

“Com o Brent caindo a patamares muito baixos, futuras pressões de venda devem ser limitadas”, afirmaram analistas do Standard Bank, em relatório.