Organização da parada gay de SP foca combate a homofobia e evita estimativa de público

A 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT (a Parada Gay), que ocorre a partir das 12h deste domingo (10) na avenida Paulista, em São Paulo, terá como tema, pelo sétimo ano consecutivo, a homofobia. A parada gay paulistana é a que reúne o maior número de participantes entre todas as paradas do gênero. O […]

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A 16ª edição da Parada do Orgulho LGBT (a Parada Gay), que ocorre a partir das 12h deste domingo (10) na avenida Paulista, em São Paulo, terá como tema, pelo sétimo ano consecutivo, a homofobia. A parada gay paulistana é a que reúne o maior número de participantes entre todas as paradas do gênero.
O slogan dessa vez será “Homofobia tem cura: Educação e Criminalização – Preconceito e exclusão fora de cogitação”. Com o tema, a organização parodia instituições religiosas que dizem curar a homossexualidade e pede a aplicação de políticas púbicas em educação para combater a discriminação a homossexuais.
O UOL transmitirá ao vivo a parada a partir de 14h, com repórteres no meio da multidão, nos trios elétricos e camarotes. O maquiador, ator e drag queen Dicesar acompanhará a reportagem. Os internautas poderão participar da cobertura via Twitter, por meio da hashtag #UOLParadaGay e comentar o evento no Bate-Papo UOL.
A concentração para a parada começa às 10h no Masp. Às 12h, a multidão parte pela Paulista sentido rua da Consolação. A dispersão ocorre nos arredores da praça Roosevelt –no final da Consolação– por volta de 18h.
Como nos anos anteriores, os organizadores pedem a aprovação do Projeto de Lei Complementar 122/06, que torna crime a prática de homofobia, assim como ocorre com o racismo, e tramita há seis anos no Congresso. Neste ano, a organização decidiu não estimar o público da parada para que o foco seja justamente o tema escolhido. No ano passado, chegou-se a divulgar público de 4 milhões, embora este número tenha sido contestado pelo Datafolha.
Números da parada
Dados da São Paulo Turismo (SPTuris), órgão da prefeitura responsável pelo turismo na capital, apontam que a Parada Gay, organizada pela primeira vez em 2007, com cerca de 2.000 participantes, tornou-se um dos maiores eventos da cidade e do país, atraindo 600 mil turistas que deixam mais de R$ 200 milhões em receita.
Estudo realizado em 2011 pelo Observatório do Turismo, vinculado à SPTuris, apontou que 83,8% do público da parada é da capital, 11,3% de outras cidades da Grande São Paulo e 4,9% de turistas. As mulheres são maioria (58,9%).
A orientação sexual de 49,5% dos participantes é homossexual, 15,8% é bissexual e 34,6% heterossexual. A faixa etária com maior presença na parada é a de 18 a 24 anos (38,1%), seguida pela de 25 a 29 anos (28,4%) e 30 a 39 (19,1%).
No total, 14 trios elétricos dos organizadores, entidades do movimento LGBT, sindicatos e de casas noturnas irão desfilar na parada, entre eles um trio da drag queen Salete Campari.
Segurança
Na edição deste ano, todo o trajeto da parada e os bairros ao redor –Vila Mariana, Paraíso, Jardins, Centro, entre outros– serão monitorados por câmeras de segurança e por homens das polícias Civil, Militar e Guarda Civil Metropolitana. O efetivo da PM será de 1.500 policiais.
Segundo a polícia, não será permitida a comercialização de bebidas alcoolicas por ambulantes. Assim como em anos anteriores, será instalado um posto da Decradi (Delegacia Especializada nos Crimes de Racismo e delitos de Intolerância).
Durante a parada, 150 agentes da Secretaria Municipal de Saúde irão distribuir preservativos em três barracas dispostas na avenida Paulista.
Trânsito e transporte

A avenida Paulista e todas as suas ruas transversais serão interditada às 10h do domingo (10), entre a rua Teixeira da Silva, no Paraíso, até a rua Augusta. Às 11h30, a interdição da Paulista e transversais será estendida até a rua da Consolação. A partir de 12h, o trânsito será interditado toda a rua da Consolação e suas transversais.
As alternativas para a interdição da Paulista são as ruas São Carlos do Pinhal e Cincinato Braga, no sentido Paraíso-Consolação. Já no sentido oposto, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda a alameda Santos.
Para a rua da Consolação, as alternativas são as ruas Rui Barbosa, Treze de Maio, Major de Julho, 14 de julho (Bela Vista), Amaral Gurgel, Marquês de Itu, Sabará e as avenidas Angélica e Higienópolis (Santa Cecília e Higienópolis), além da ligação Leste-Oeste. A CET utilizará 143 operadores de trânsito durante a parada.
O Metrô reforçará a frota de ônibus no domingo: na linha 1-azul serão 68 viagens a mais; na linha 2-verde, 108 viagens; e na linha 3-vermelha, 84. A SPTrans informou que mais de 40 linhas de ônibus terão os itinerários alterados em função da parada (para informações, ligue 156).

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